Na corrida pela PBH, candidatos precisaram declarar bens à Justiça Eleitoral até esta quinta (15/8) -  (crédito: Marcos Vieira /EM/DA. Press)

Na corrida pela PBH, candidatos precisaram declarar bens à Justiça Eleitoral até esta quinta (15/8)

crédito: Marcos Vieira /EM/DA. Press

Termina nesta quinta-feira (15/8) o prazo para que todos os candidatos das eleições municipais deste ano regularizem seus cadastros junto à Justiça Eleitoral. A partir de amanhã a campanha começa oficialmente e os pretendentes a cargos nas prefeituras e câmaras municipais devem estar em dia com as informações exigidas e publicadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Isso inclui a declaração de bens de cada concorrente. Para pleitear o voto nas urnas, os políticos devem apresentar o valor total de suas posses e também discriminar cada uma delas, passo que favorece a transparência do processo, mas também oferece ao eleitor mais elementos para se identificar com quem pede seu voto.

 

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Na disputa pela Prefeitura de Belo Horizonte, uma rápida consulta ao portal de candidaturas e contas eleitorais permite saber um pouco mais sobre os candidatos. Os concorrentes ao Executivo na capital mineira fizeram declarações variadas do ponto de vista do detalhamento. Enquanto alguns nomes não comunicaram nenhuma posse, outros informaram dados como endereço, os veículos que utilizam para se locomover, o valor de seus apartamentos e casas e até mesmo o percentual adquirido de uma égua, por que não?


 

Somados, os 10 concorrentes à PBH declararam cerca de R$ 22,5 mihões de reais. Deste valor, mais de 70% pertence a Fuad Noman (PSD), o atual prefeito da capital mineira. Ele declarou R$ 15,9 milhões de patrimônio, com quase todo o montante em ações de fundos bancários e de investimentos. Há também duas designações de veículos para um Chevrolet Cruze Mid, uma no valor de R$ 117.268,00 e outra de R$ 65.000,00.

 

Na sequência da lista dos maiores valores declarados está o senador Carlos Viana (Podemos), com R$ 3,5 milhões. O parlamentar incluiu entre seus bens, quatro apartamentos, uma sala e garagem, além de um lote e meio de terreno. Nenhum veículo faz parte dos dados apresentados à Justiça Eleitoral e o candidato citou R$ 75 mil reais em dinheiro vivo.

 


Fechando a lista dos candidatos com patrimônio milionário está o presidente da Câmara Municipal, Gabriel Azevedo (MDB). Ele declarou R$ 1,2 milhões, sendo que alguns dos itens mais caros são um apartamento e metade de outro no Centro da capital, endereço que costuma ressaltar sempre que tem a oportunidade ao falar sobre suas propostas para a cidade. Outro ponto comum do discurso do vereador é o fato de ser ciclista. Em sua declaração estão duas bicicletas, uma da marca Pashley avaliada em R$ 3 mil e outra do modelo Churchill Balloon, de R$ 4,5 mil.


O deputado federal Rogério Correia vem na sequência com R$ 889 mil declarados. Quase a totalidade do patrimônio do petista consta de um apartamento financiado no Bairro Luxemburgo, Centro-Sul da capital. Em sua declaração, o parlamentar foi bastante criterioso e listou até mesmo o número do edifício, de sua casa e o CEP.


Wanderson Rocha (PSTU) declarou uma casa e um Ford Ka, que somam R$ 372 mil. O deputado estadual e apresentador de televisão Mauro Tramonte aparece na sequência com R$ 246 mil apresentados à Justiça Eleitoral. O parlamentar cita metade de um imóvel no interior paulista e valores em contas e aplicações bancárias, uma delas com o saldo de R$ 4,36.

 


O deputado estadual Bruno Engler (PL) declarou R$ 238 mil, sendo a maior pate alocada em fundos de investimento e contas bancárias. O ponto curioso nos bens apresentados é um carro IMP Mazda MX-3 lançado em 1995, dois anos antes do nascimento do parlamentar. O candidato bolsonarista da capital tem também 16,66% de uma égua nascida em 2018. O percentual do animal é avaliado em R$ 13 mil.


A candidata Indira Xavier (UP) declarou apenas R$ 592,97 constantes de sua conta bancária. Já Lourdes Francisco (PCO) e a deputada federal Duda Salabert (PDT) não declararam nenhum bem à Justiça Eleitoral.



Vices


Entre os nomes que compõem as chapas para a Prefeitura de Belo Horizonte, a vice de Bruno Engler, Coronel Claudia (PL), foi a que declarou o maior patrimônio, com R$ 1,9 milhão. Também entre os milionários está o candidato a vice de Fuad Noman, o vereador Álvaro Damião (União Brasil), que apresentou R$ 1,7 milhão em bens.


Na sequência vêm a deputada Bella Gonçalves (Psol), vice de Rogério Correia, com R$ 750 mil; Luísa Barreto (Novo), vice de Mauro Tramonte, com R$ 371 mil; Paulo Brant (PSB), vice de Gabriel Azevedo, com R$ 311 mil; e Geraldo Neres (UP), vice de Indira Xavier, com 259 mil. 


Andréa Ferreira (PSTU), vice de Wanderson Rocha; Marília Garcia (PCO), vice de Lourdes Francisco; Francisco Foureaux (PDT), vice de Duda Salabert; e Renata Rosa (Podemos), vice de Carlos Viana; não declararam patrimônio à Justiça Eleitoral.