A candidata à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT), Duda Salabert, prometeu atuar para despoluir o Ribeirão da Onça, no bairro Novo Aarão Reis, na região Norte da capital. Nesta terça-feira (21/8), a parlamentar visitou o projeto “Festival da Onça”, e acusou a atual gestão do município de agir de maneira “tímida" na proteção do corpo d’água.
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Salabert também firmou o compromisso de cobrar intervenções da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) e do governo do Estado na região. A candidata aponta para o potencial turístico da região, que possui a maior cachoeira em área urbana das capitais brasileiras, além de defender ‘agilidade’ nas obras do parque linear.
“Entendemos que a área tem um potencial ecoturístico gigantesco, é uma área de lazer importante para a cidade. Falei também da construção do parque linear, que já está avançando e a gente quer agilizar esse processo para fazer essa entrega para a cidade que a gente tanto sonha. Uma cidade em que os rios, córregos e ribeirões sejam limpos, respeitando o direito a água que toda pessoa tem que ter”, disse.
A candidata também destacou a região do Ribeirão como um refúgio climático, e se comprometeu a iniciar o processo de “destamponamento” e limpeza dos rios e córregos da capital, mesmo reconhecendo que são medidas “caras”.
“Esses são os grandes refúgios climáticos que a gente tem que trabalhar e entregar para Belo Horizonte. É isso que a população quer, se reconectar com as áreas verdes, se reconectar com seus rios e córregos. Belo Horizonte tem a maior cachoeira entre as capitais do Brasil e pouca gente conhece. Infelizmente há muito esgoto ali e a prefeitura age de forma tímida com a região”, declarou.
Em nota, a prefeitura disse que o Parque Ciliar Comunitário da Onça está em fase final de licenciamento ambiental para fins de obtenção de licença de implantação. A área total de 627,5 hectares terá 70% de áreas verdes protegidas e o restante para o lazer e uso público.
"O propósito principal do Parque é proteger e recuperar as margens do Ribeirão e as áreas oriundas de desapropriação, devolvendo à comunidade, em especial do Ribeiro de Abreu e região, um espaço seguro e ambientalmente saudável. O projeto prevê que mais de 70 hectares de áreas degradadas e remanescentes das desapropriações e remoções serão recuperadas e reflorestadas, com remoção de entulhos e lixos, implementação de medidas de controle de erosão e cercamento e reabilitação do solo", explica a PBH.
A íntegra da nota
A Prefeitura de Belo Horizonte informa que os estudos e projetos para implantação do Parque Ciliar Comunitário do Onça estão concluídos com a primeira etapa do licenciamento ambiental já aprovado junto ao Conselho Municipal de Meio Ambiente. No momento, o empreendimento está em fase de aprovação final de licenciamento ambiental para fins de obtenção de licença de implantação. A área total do Parque Ciliar Comunitário do Onça é de 627,5 hectares, sendo 70% áreas verdes e protegidas e o restante destinado ao lazer e uso público, com implantação de hortas comunitárias e agroecologia, quadras e equipamentos públicos, pontes, passarelas, ciclovias e sistema viário.
Localizado no trecho à jusante da cachoeira existente no Ribeirão do Onça até a Estação de Tratamento de Esgotos da COPASA (ETE-Onça), o propósito principal do Parque é proteger e recuperar as margens do Ribeirão e as áreas oriundas de desapropriação, devolvendo à comunidade, em especial do Ribeiro de Abreu e região, um espaço seguro e ambientalmente saudável. O projeto prevê que mais de 70 hectares de áreas degradadas e remanescentes das desapropriações e remoções serão recuperadas e reflorestadas, com remoção de entulhos e lixos, implementação de medidas de controle de erosão e cercamento e reabilitação do solo. O valor estimado apenas para a obra do Parque é de aproximadamente R$ 150 milhões.
Almoço na região
A candidata também contou que uma das suas estratégias de campanha é almoçar na região em que cumpre agenda no dia. No norte de BH, Salabert destacou a importância de gerar empregos e potencializar o turismo e a gastronomia da região.
“Temos um carinho especial muito grande pela Região Norte, mas temos uma questão importante para destacar. Apenas 2% dos empregos formais da capital são gerados na região norte, contra 45% na Centro-Sul, por exemplo. Isso nos mostra a urgência de desenvolver essa região para gerarmos emprego e renda aqui”, lembrou a candidata.