Bruno Engler se reúne com representantes dos engenheiros civis para ouvir demandas da categoria. Foi discutido a destinação do Aeroporto Carlos Prates, enchentes em BH, canalizar o esgoto da Lagoa da Pampulha direto para o córrego do Onça -  (crédito: Marcos Vieira/EM/D.A Press)

Bruno Engler se reúne com representantes dos engenheiros civis para ouvir demandas da categoria. Foi discutido a destinação do Aeroporto Carlos Prates, enchentes em BH, canalizar o esgoto da Lagoa da Pampulha direto para o córrego do Onça

crédito: Marcos Vieira/EM/D.A Press

Bruno Engler, candidato à Prefeitura de Belo Horizonte pelo PL, discutiu, entre outros temas, um novo Plano Diretor para a capital mineira, em reunião com representantes do Instituto Mineiro de Engenharia Civil (Imec) nesta quarta-feira (21/8) e defendeu a verticalização da cidade. 

 

"Belo Horizonte não tem como crescer para os lados. A margem que a gente tem é crescer para cima. A gente quer desburocratizar, liberar empreendimentos com uma permissão de construção com alturas maiores para que a gente possa gerar oportunidades de moradia", afirmou Engler.

 

 

A mesma posição é partilhada pelo presidente do Imec, Rodrigo Fernandes, que afirmou que, com o projeto, Belo Horizonte "se tornou uma cidade pacata" e que "quer reverter esse Plano Diretor. Voltar a ser uma cidade com obras".

 

Engler, que esteve na sede do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) junto de sua candidata a vice, Coronel Cláudia Romualdo (PL), afirmou que atualmente a prefeitura atrapalha o ramo da construção civil.

 

 

"O compromisso que eu fiz hoje é, no mínimo, retomar o coeficiente anterior à mudança do (Alexandre) Kalil, mas estudamos até ampliar para mais", afirmou o candidato.

 

O atual coeficiente de aproveitamento básico foi um dos temas dos quais os engenheiros mais se queixaram.

 

 

Antes do atual plano diretor, aprovado em 2019, o território belo-horizontino era dividido em vários coeficientes de aproveitamento, mas a lei atual prevê um coeficiente único de 1,0 para toda a cidade.

 

Isso significa que o proprietário tem direito de construir exatamente a área do terreno: em um lote de 100 m², é possível construir 100 m². Exceder esse limite é possível a partir de mecanismos que ampliem o potencial de construção.

 

Bruno Engler também discutiu com a categoria a destinação do Aeroporto Carlos Prates, enchentes em BH e a canalização do esgoto da Lagoa da Pampulha diretamente com o córrego do Onça.

 

Apoio dos engenheiros civis

Apesar da visita do candidato do PL, Fernandes manteve em aberto a possibilidade de conversar com candidatos de outros partidos e não cravou apoio do instituto ao bolsonarista.

 

"Recebemos o Bruno Engler, que é bem capacitado, mas não podemos fechar o Instituto a receber todos os candidatos a prefeito de Belo Horizonte.", disse, reforçando que o Imec tem mais de 15 mil associados.

 

Ainda na fase de pré-campanha, o atual candidato a vice-prefeito Paulo Brant (PSB) chegou a se reunir com os engenheiros para ouvir as demandas da categoria.