O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fala durante um comício em apoio ao candidato a prefeito de São Paulo, Guilherme Boulos. -  (crédito: Miguel SCHINCARIOL / AFP)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fala durante um comício em apoio ao candidato a prefeito de São Paulo, Guilherme Boulos.

crédito: Miguel SCHINCARIOL / AFP

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou, neste sábado (24/8), do primeiro comício do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), candidato à Prefeitura de São Paulo. O chefe do Executivo relatou como conheceu o candidato e destacou ser a primeira vez que pede voto em SP para um candidato de fora do PT.  

 

 

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"Conheci o Boulos fazendo protesto na frente da minha casa, em 2005. Cheguei em casa tinha umas barracas e me disseram que era o MTST. Eu poderia ter rompido com o Boulos, chamado ele de invasor de terras, mas resolvi me aproximar. Essa cidade teve a primeira experiência de administração popular com a Erundina, depois Marta e depois Haddad. Boulos será a síntese do que os três fizeram", apontou.

 

 

 

 

"É a primeira vez que eu estou em São Paulo pedindo voto para um companheiro ou companheira que não é do PT. E isso a gente só faz quando a gente tem discernimento e pensa nos interesses da maioria e não apenas nos pessoais a partidárias. E estou aqui para dizer em alto e bom som: Estamos juntando a energia de um jovem de 42 anos com a experiência da mais bem sucedida administração na prefeitura de São Paulo Marta Suplicy para fazer uma revolução administrativa e social nessa cidade. Governar não é só fazer pontes ou viadutos. Governar é cuidar das pessoas", emendou. 

 

 

 

'Raposa cuidando de um galinheiro'

O petista ainda alfinetou indiretamente o coach Pablo Marçal (PRTB) apontando-o como "uma raposa cuidando de um galinheiro".

 

 

"Pelo amor de Deus, a gente não pode olhar uma raposa e achar que ela vai tomar conta de um galinheiro. A raposa pode ser simpática e cantar como uma galinha depois que põe o ovo, mas, se colocar a raposa no galinheiro, vai acordar de manhã e não vai ter nem raposa e nem galinha", emendou.

 

 

"Estou vendo a campanha agora e algumas pessoas dizendo ‘vote em mim que eu não sou da política’, ‘eu não ladrão, eu sou honesto’. Jânio Quadros dizia isso e só durou seis meses na presidência. O que precisamos de fato é: ‘Eu quero votar no Boulos porque ele é da política, ele tem partido. E quem tem partido tem compromisso’. (…) Não apoiamos o Boulos por um favor, apoiamos porque precisamos que São Paulo tenha o melhor", acrescentou.

 

 

 

 

O presidente continuou afirmando que "a competência de Boulos e a experiência de trabalho de Marta é tudo que São Paulo precisa para sair da letargia que se encontra há tanto tempo".

 

 

 

Lula afirmou que está em jogo hoje no país a sobrevivência da democracia. Explicando que tem duas datas de aniversário: no registro dia 6/10 e segundo a mãe, Dona Lindu, dia 27/10, fez uma proposta:

 

 

 

"Quem não me der de presente sua eleição no dia 6, vai dar no dia 27, no segundo turno, e a gente vai ganhar essa eleição para o bem da cidade de São Paulo".

 

 

 

Já Boulos afirmou que não vai deixar "um prefeito incompetente como Ricardo Nunes [MDB]" continuar na prefeitura, nem "um bandido como Pablo Marçal" chegar ao cargo."Eles podem vir com a mentira deles, com a baixaria deles, o dinheiro sujo deles, que ninguém vai segurar o desejo de mudança na cidade de São Paulo", concluiu.