Duda Salabert (PDT) conta com desaprovação de 27% do eleitorado de Belo Horizonte, segundo o Datafolha -  (crédito: Jair Amaral/EM/D.A Press)

Duda Salabert (PDT) conta com desaprovação de 27% do eleitorado de Belo Horizonte, segundo o Datafolha

crédito: Jair Amaral/EM/D.A Press

Em entrevista ao Estado de Minas nesta segunda-feira (26/8), a candidata do PDT à Prefeitura de Belo Horizonte, Duda Salabert, afirmou que um dos motivos pela rejeição que recebe é a transfobia. Em recente pesquisa realizada pelo Datafolha, a atual deputada federal foi apontada como a candidata com o maior índice de rejeição no eleitorado mineiro, de 27%.

 

“Se pegarmos 100% das eleições e vermos os políticos que ganharam, as rejeições eram altas. O presidente Lula, por exemplo, tem rejeição altíssima. O ex-presidente Jair Bolsonaro, a rejeição também era altíssima, fortíssima. É um processo corrente na campanha eleitoral, que quanto mais você se expõe e quanto mais conhecido você fica, mais também aumenta o processo de rejeição”, aponta Duda. 

 

No entanto, a candidata à PBH considera a aprovação como item que merece maior atenção: “Nós temos uma aprovação maior do que a rejeição, e esse critério que eu penso [ser] fundamental”.


 

“Nossa candidatura não é identitária”

 

Ela afirma que a ultra-direita foi responsável por criar uma caricatura de intolerância e de pautas identitárias, mas que sua política será responsável pela mudança desse senso do eleitorado. “Há um preconceito também por eu ser uma pessoa trans e a ultra-direita nas últimas eleições buscou fazer uma caricatura sobre mim e jogaram isso para as suas redes. E esse processo eleitoral também é importante para a gente, vai terminar com menos rejeição porque as pessoas vão entender que nós estamos discutindo saúde, educação, moradia, temas fundamentais para a cidade”, afirmou o nome do PDT.

 

“Nossa candidatura não é uma candidatura identitária, uma candidatura exclusivamente pautada em questões LGBT. Pelo contrário, nunca foi”, completa Duda, salientando que tem um projeto de lei aprovado em um ano e meio de mandato como deputada federal, que garante a distribuição de água potável e obriga todas as escolas do país a terem o abastecimento. 

 

 

“Eu fui eleita pra isso, não pra discutir se é ‘obrigade’, ‘obrigada’ ou obrigado’, ou que banheiro eu vou usar.”, afirma Duda, exemplificando os motivos pelos quais sua candidatura não é identitária pelas causas da comunidade LGBTQIA+. ”Eu fui eleita para discutir temas que são caros pra cidade, como o fato, por exemplo, de Belo Horizonte ser uma das cidades com maior desigualdade socioeconômica do país”.

 

Sabatinas

 

As sabatinas do Estado de Minas começaram na última segunda-feira (19/8), quando foi entrevistada Lourdes Francisco (PCO). Nos dias seguintes foi a vez de Indira Xavier (UP)Wanderson Rocha (PSTU)Bruno Engler (PL)Carlos Viana (Podemos) e agora Duda Salabert. O próximo candidato a ser sabatinado é o deputado federal, Rogério Correia (PT), nesta terça (27/8).

 

Confira a agenda com as próximas entrevistas:

 

Debate na Alterosa

 

Em setembro, a TV Alterosa e o Portal UAI convidam os telespectadores para assistir ao debate entre os candidatos à PBH. No dia 11, às 17h30, os sete candidatos dos partidos com representação em Brasília – como determina o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) – se encontram para confrontos diretos em quatro blocos.

 

Com uma duração de aproximadamente 2h15, o debate será apresentado pela âncora e editora da TV Alterosa, Carolina Saraiva. Na ocasião, Bruno Engler (PL), Carlos Viana (Podemos), Duda Salabert (PDT), Fuad Noman (PSD), Gabriel Azevedo (MDB), Mauro Tramonte (Republicanos) e Rogério Correia (PT), terão de responder perguntas feitas entre eles.

 

 

O primeiro, segundo e terceiro bloco serão exclusivos para os confrontos. O primeiro candidato será definido por sorteio, e terá 30 segundos para formular uma questão para que outro candidato de sua escolha responda em até 1min30. O desafiante terá um (1) minuto para réplica, e o desafiado 30 segundos para a tréplica. A ideia é fazer com que cada candidato seja questionado por outro.

 

Em caso de ofensas e ataques, os candidatos podem levantar o braço em direção a Carolina Saraiva e pedir direito de resposta. O pedido será analisado por uma comissão. Se concedido, o candidato terá a fala no início do bloco seguinte.

 

O quarto e último bloco será destinado para as considerações finais. Cada candidato terá 2 minutos para encerrar sua participação no debate. Os melhores momentos poderão ser conferidos no portal do Estado de Minas e, também, na edição impressa do dia 12.

 

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