Lula sabe de antemão que, se estiver muito fraco em 2026, os aliados de hoje serão os oposicionistas de amanhã. -  (crédito: EVARISTO SÁ/AFP)

Lula sabe de antemão que, se estiver muito fraco em 2026, os aliados de hoje serão os oposicionistas de amanhã.

crédito: EVARISTO SÁ/AFP

Nada foi combinado oficialmente, mas os líderes já fecharam praticamente um consenso de só mexer com a transparência das emendas ao Orçamento, em especial as tais emendas Pix, depois da eleição. Embora a relação com o governo Lula esteja melhor depois da reunião desta semana e haja o prazo de 10 dias para a apresentação de medidas de maior transparência, a ideia é tratar de temas que possam representar uma queda de braço entre Legislativo e Executivo depois de conhecida a força eleitoral de cada legenda.

 

A aposta hoje é de que o presidente Lula e o PT não terão um sucesso eleitoral que lhe dê força para obrigar os parlamentares a colocarem as verbas das emendas o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Assim, será melhor Lula segurar os partidos de centro ao seu lado do que essa turma solta para correr aos braços dos adversários rumo a 2026. Vale lembrar: Lula pode até atender os partidos nesse quesito, mas sabe de antemão que, se estiver muito fraco em 2026, os aliados de hoje serão os oposicionistas de amanhã.

 

 

Brincando, brincando...

 

Num dado momento da reunião de Lula com os líderes, as excelências propuseram um futebol Executivo versus Legislativo. Eis que o líder do União Brasil, Elmar Nascimento, brincou: "Desde que o juiz não seja Flávio Dino, está tudo certo". Risada geral. Os deputados ainda não engoliram a suspensão das emendas impositivas feita pelo ministro e confirmada no plenário do Supremo Tribunal Federal.

 

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Medida urgente

 

O levantamento do Ipam (Instituto de Pesquisa da Amazônia) é um termômetro do que vem por aí: A maioria das aréas queimadas no “Dia do Fogo” de 2019 não havia sido reflorestada, pelo menos, até 2022. E uma parte virou pastagem. Nesse sentido, os ambientalistas acreditam que está cada
vez mais claro que, além da punição dos culpados pelas queimadas, é preciso obrigar a retomada da “floresta em pé” nesses hectares desmatados de forma criminosa.

 

O que preocupa as excelências… e os empresários, é a proposta de aumento de receita que deve acompanhar a Proposta da Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLOA), a ser enviada ao Congresso até este sábado, 31 de agosto.

 

Projeto do consenso

 

Se tem algo que une governo e partidos é a proposta de acertar os ponteiros da cobrança de impostos do devedor contumaz. O texto está em debate no Parlamento e falta apenas definir tecnicamente o conceito “capacidade de pagamentos” para levar a votos. Aliás, eta é uma das prioridades do semestre no pós-eleição.