(FILES) In this file photo taken on February 01, 2022, The New York Times Building in New York . - The New York Times on March 8, 2022, announced its editorial staff was pulling out of Russia over Moscow's punitive new media law, following other outlets that have withdrawn over safety concerns. Russian authorities have blocked several independent media outlets, and last week moved to impose harsh jail terms for

(FILES) In this file photo taken on February 01, 2022, The New York Times Building in New York . - The New York Times on March 8, 2022, announced its editorial staff was pulling out of Russia over Moscow's punitive new media law, following other outlets that have withdrawn over safety concerns. Russian authorities have blocked several independent media outlets, and last week moved to impose harsh jail terms for "false news" about the army as part of its efforts to muffle dissent. (Photo by ANGELA WEISS / AFP)

crédito: AFP

Jornais e portais de notícias do mundo inteiro repercutiram na última sexta-feira (30/8) a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em suspender a rede social X no Brasil. A determinação ocorreu após essa rede social, empresa do bilionário Elon Musk, não atender à solicitação do relator  de indicar um representante legal no Brasil. 

 

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O New York Times se manifestou e argumentou que o imbroglio é "o maior teste até agora para os esforços do bilionário em transformar o local em uma praça digital onde quase tudo é possível". A proibição do uso de VPN por usuários brasileiros que tentem acessar o Twitter, violação que pode acarretar em multa de R$ 50 mil segundo decisão de Moraes, foi caracterizada pelo jornal como "uma atitude bastante incomum", disse em matéria publicada em seu portal.

 

 

O jornal americano também publicou uma nota no Instagram explicando o que está acontecendo no Brasil. “Para combater a enxurrada de desinformação on-line durante a eleição presidencial de 2022, o Brasil concedeu a um ministro do Supremo Tribunal Federal poderes amplos para ordenar que as redes sociais removessem conteúdos que ele considerasse uma ameaça à democracia”, disse em nota.

 

“Desde então, esse ministro, Alexandre de Moraes, tem conduzido uma campanha agressiva para limpar a internet do país, forçando as redes sociais a retirar milhares de publicações. Tem sido uma das ações mais abrangentes — e, em certos aspectos, mais eficazes — para reprimir a desinformação online. Quando sua atuação ajudou a sufocar os esforços da extrema-direita para reverter o resultado da eleição no Brasil, acadêmicos e comentaristas se perguntaram se o país havia encontrado uma possível solução para um dos problemas mais difíceis da democracia moderna”, afirmou a nota.

 

 

No dia 17 de agosto, Elon Musk optou por fechar o escritório do X no Brasil, após determinação do ministro Alexandre de Moraes para suspender perfis de investigados em inquéritos no STF, sob pena de multa em caso de descumprimento. Musk, que passou a ser alvo de investigação no Supremo, tem se recusado a acatar as decisões de Moraes, alegando que elas configuram censura.

 

Leia a nota na íntegra:

Para combater a enxurrada de desinformação on-line durante a eleição presidencial de 2022, o Brasil concedeu a um ministro do Supremo Tribunal Federal poderes amplos para ordenar que as redes sociais removessem conteúdos que ele considerasse uma ameaça à democracia.

Desde então, esse ministro, Alexandre de Moraes, tem conduzido uma campanha agressiva para limpar a internet do país, forçando as redes sociais a retirar milhares de publicações. Tem sido uma das ações mais abrangentes — e, em certos aspectos, mais eficazes — para reprimir a desinformação online.

Quando sua atuação ajudou a sufocar os esforços da extrema-direita para reverter o resultado da eleição no Brasil, acadêmicos e comentaristas se perguntaram se o país havia encontrado uma possível solução para um dos problemas mais difíceis da democracia moderna.

Na sexta-feira, em sua medida mais ousada até agora, o ministro Moraes bloqueou a rede social X no Brasil, porque seu proprietário, Elon Musk, havia ignorado suas ordens judiciais para remover contas. Isso fez com que até muitos dos defensores do ministro Moraes ficassem preocupados que o experimento tivesse ido longe demais.