Ao lado do governador Romeu Zema (Novo) e do ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil, o deputado estadual Mauro Tramonte (Republicanos) lança agora sua candidatura à Prefeitura de Belo Horizonte, durante convenção realizada na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Tramonte terá como candidata a vice-prefeita a ex-secretária de Planejamento do governo Zema, Luisa Barreto (Novo).

 

 



O candidato chegou acompanhado de Zema e Kalil que, nas eleições para o governo do estado, em 2022, trocaram farpas durante a disputa que garantiu a reeleição do governador.

 

Tramonte, que durante a convenção ficou sentado entre Zema e Kalil, comemorou a união dos adversários em torno de sua candidatura e disse que a capital mineira é um exemplo para o país.

 

“Beagá está dando exemplo de democracia para todo o Brasil, mostrando que é possível o caminho do diálogo e da conciliação. Mostrando que o radicalismo e o extremismo não levam a lugar nenhum. Estamos aqui com dois líderes do estado, o governador Romeu Zema e o ex-prefeito Alexandre Kalil e o que nos move é ver a cidade voltar a andar para frente. O que nos move é voltar a ter uma cidade com comando, o que não estamos tendo”, disse Tramonte.

 

Tramonte também rebateu as críticas do senador Cleitinho Azevedo (Republicanos) sobre a aliança com Kalil. Para Cleitinho, a aliança com Kalil é um incoerência já que o Republicanos é um partido de direita e Kalil, segundo ele, é aliado da esquerda.

 

“Estamos em uma democracia, cada um faz o que quiser. Cleitinho é meu amigo, gente boa, se quiser escolher um lado ou outro, não tem problema nenhum. O que eu quero e me preocupo é em melhorar Belo Horizonte. O único intuito é colocar BH no caminho certo”, afirmou. Tramonte não vai contar com o apoio de Cleitinho que anteontem declarou apoio à candidatura do deputado estadual bolsonarista Bruno Engler (PL) e disse querer que a “fidelidade partidária se exploda”.


O presidente do Republicanos na capital, deputado federal Gilberto Abramo, também respondeu ao senador Cleitinho e afirmou que sua legenda é de centro-direita.
"A pessoa que não consegue ter um pouco de fidelidade partidária, eu acho que não será capaz de ter fidelidade com o município ou com o estado. O Republicanos nunca perdeu sua origem, de centro-direita”, afirmou Abramo que disse ainda que o partido não tem intenção de expulsar o senador por infidelidade partidária.

Incoerência política

A candidata a vice-prefeita também comemorou a aliança e disse não ver incoerência política na aliança. “Não vejo incoerência política. O que vejo é um grupo de pessoas apaixonadas por Belo Horizonte que querem transformar a cidade e estão vendo que é preciso um rumo melhor. A aliança em torno do nome do Mauro é por BH e faz todo sentido. Kalil é apaixonado por BH e vai contribuir nesta campanha”, afirmou Luísa Barreto que, nas eleições de 2019, disputou a Prefeitura de Belo Horizonte, juntamente com Kalil, que acabou reeleito. Na época, ela estava filiada ao PSDB.

 

Em um discurso rápido, Zema elogiou a aliança e disse que a capital é uma cidade que perdeu identidade nas “últimas décadas”, investimentos e que precisa de uma gestão profissional.

 

“Eu vou em qualquer lugar do Belo Horizonte junto com vocês. Nós vamos subir de qualquer morro, nós vamos de qualquer lugar da cidade para pedir votos para a melhor proposta que temos. Estou muito confiante que essa união nossa, Novo e Republicanos, vai frutificar muito”, afirmou Zema, que deixou a convenção assim que discursou.

 

Durante a convenção, Kalil também fez um breve discurso e afirmou que a campanha de Tramonte não vai falar de “maconha, aborto, banheiro, direita e esquerda” como aconteceu em uma convenção em que ele foi citado. Kalil se referia ao encontro do PL na sexta-feira (2/8), que homologou a candidatura de Engler.

 

“Nós aqui vamos falar em posto de saúde, buraco na rua, ônibus, médicos. Quero dizer que este prefeito que vai ser atacado é o prefeito que colocou médico dentro do hospital do Barreiro, nos postos de saúde, dentro das escolas. Vamos parar com papo que não interessa. O papo aqui é escola e transporte público”, afirmou.

 

A chapa foi batizada de "A voz do povo" e será formada somente pelo Republicanos e Novo. Além dos candidatos ao cargo majoritário, a convenção também homologou a chapa para vereadores que terá 29 homens e 13 mulheres na disputa.

 

 

A chapa foi batizada de "A voz do povo" e será formada pelo Republicanos e Novo. Além dos candidatos ao cargo majoritário, a convenção também selou a chapa para vereadores que será formada por 29 homens e 13 mulheres. O plenário da Assembleia, onde a convenção foi realizada, foi todo decorado com as cores da bandeira do Brasil. 

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