A deputada federal Duda Salabert (PDT) vai disputar a Prefeitura de Belo Horizonte com uma chapa pura que terá como candidato a vice-prefeito Francisco Foureaux (PDT), professor como ela. De acordo com a candidata, a prioridade de seu programa de governo será a educação. Um dos seus primeiros atos, caso seja eleita, será elevar o salário de todos os professores da rede municipal de ensino da capital.

 

"Caso seja eleita, no primeiro dia vamos protocolar um projeto de lei para que Belo Horizonte pague o maior salário entre professores na capital. Esse é o debate central porque não tem como transformar a sociedade sem valorizar o profissional da educação", prometeu a candidata.

 



 

Duda também criticou a aliança do governador Romeu Zema (Novo) e do ex-prefeito Alexandre Kalil (Republicanos) em torno da candidatura a prefeito do deputado estadual Mauro Tramonte (Republicanos), que terá como vice a ex-secretária de Estado de Planejamento, Luísa Barreto (Novo). A candidata disse que Tramonte será o "Celso Russomano de BH e vai desidratar nos próximos dez dias, possivelmente".

 

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Duda se referiu ao deputado federal Celso Russomano (Republicanos), também apresentador de televisão, que nas três últimas campanhas para prefeito de São Paulo chegou a figurar na dianteira das pesquisas, perdendo o posto logo após o início do horário eleitoral.

 

De acordo com a deputada, essa é uma aliança "Frankenstein". Zema e Kalil sempre foram adversários na política. "É uma construção Frankenstein, o Republicanos tentando unir figuras antagônicas". Segundo ela, essa aliança "não faz sentido algum" e a população sabe disso.

 

 

A deputada lamentou que PT e Psol não tenham se juntado a ela na disputa e atribuiu essa decisão ao fato de ela ser uma mulher trans, mas disse que, caso vá para o segundo turno, espera contar com o apoio da chapa encabeçada pelo deputado federal petista Rogério Correia e pela deputada estadual Bella Gonçalves (Psol).

 

"Todas as pesquisas mostram que somos a candidatura com maior viabilidade eleitoral, mas, infelizmente, PT e Psol não adotaram esse critério. Respeitamos as decisões partidárias, mas não cedemos, pois tem 20 anos que a esquerda não vai para o segundo turno das eleições na capital, mas temos certeza de que iremos".

 

Segundo ela, em qualquer lugar no Brasil que tivesse uma candidatura com desempenho nas pesquisas semelhante ao dela, "teria cinco ou dez partidos apoiando". "Mas, por ser uma pessoa trans, nós sabemos o preconceito que há nos partidos, o que mostra que é um preconceito muito maior na política do que na sociedade".

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