BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O presidente Lula (PT) afirmou nesta quinta-feira (8) que o governo precisa ter cuidado para que as disputas pelas presidências da Câmara e do Senado no início de 2025 não interfiram na rotina do Executivo. A declaração foi dada em reunião ministerial enquanto ele explicava como irá funcionar o encontro de trabalho com todos integrantes do primeiro escalão da Esplanada.

 

"Depois a gente vai ter exposição do companheiro Padilha (ministro da Secretaria de Relações Institucionais) sobre questão política, ou seja, nossa organização nos próximos dois anos. Temos uma Câmara que vai trocar de presidente, um Senado que vai trocar de presidente e tudo isso tem que ter muita cautela para que não tenha nenhuma incidência no funcionamento do governo", disse.

 

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O presidente também afirmou que não pensa em fazer uma reforma ministerial ou fazer mudanças pontuais no governo porque em "time que está ganhando não se mexe". Segundo ele, a imprensa "não discute mais se vai ter troca em ministério". "Todo mundo sabe que quem troca sou eu, não é jornalista que pode trocar de ministro, sou eu. Como fui eu que indiquei, se tiver que trocar alguém vou trocar e quero dizer, não estou pensando nisso", disse.

 

O mandatário pediu cautela dos integrantes do governo nas eleições para sucessão de Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG) nas presidências da Câmara e do Senado, respectivamente.

 

 

Hoje estão na disputa pela sucessão de Lira os líderes do PSD, Antonio Brito (BA), e do União Brasil, Elmar Nascimento (BA), além do presidente nacional do Republicanos, Marcos Pereira (SP). No Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) é o favorito para a vaga de Pacheco.

 

Como mostrou a Folha, duas vagas que serão abertas no TCU (Tribunal de Contas da União) até 2027 entraram nas negociações dos parlamentares que miram a sucessão de Lira na presidência da Câmara dos Deputados. Os futuros ocupantes serão indicações da Casa.

 

Os ministros Aroldo Cedraz e Augusto Nardes deverão se aposentar em 2026 e 2027, respectivamente - quando atingem a idade limite de atuação no tribunal (75 anos) -, abrindo espaço para novas indicações dos deputados.

 

 

 

De acordo com relatos de parlamentares feitos à reportagem, essas vagas já estão sendo discutidas nos bastidores.

 

Nas articulações em curso, há até quem defenda que os dois ministros sejam encorajados a antecipar sua aposentadoria para a consolidação desses acordos. Há relato de investidas sobre os dois para que avaliem a possibilidade.

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