O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu liberdade provisória a Filipe Martins, ex-assessor de Jair Bolsonaro (PL), após seis meses de prisão preventiva. A informação foi divulgada pela defesa de Martins nesta sexta-feira (9/8).

 

O ex-assessor do ex-presidente Bolsonaro havia sido preso em fevereiro durante a operação Tempus Veritatis, que investigava uma suposta tentativa de golpe de Estado. Contudo, a defesa argumentava que a prisão de Martins não havia sido devidamente justificada.

 



Na época, a Polícia Federal (PF) alegou que Martins estaria foragido e havia risco de fuga do país. A possibilidade de "fuga" foi sustentada por uma suposta viagem aos Estados Unidos no final de 2022, quando Bolsonaro deixou o Brasil e se hospedou na Flórida. Contudo, a saída do então assessor nunca foi comprovada.

 

A defesa afirma que existem provas de que Martins não viajou para o exterior com Bolsonaro. Dados de geolocalização do aparelho celular do ex-assessor, por exemplo, indicam que ele estava no Brasil no período mencionado pela PF.

 

 

A soltura de Filipe Martins também foi defendida pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que apontou a inexistência de motivos para a manutenção da prisão. Segundo o órgão, as informações apresentadas pela defesa e a quebra de sigilo telemático indicam, “com razoável segurança”, que o investigado permaneceu no Brasil.

 

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