soltura de Filipe Martins, ex-assessor de Jair Bolsonaro, acusado de fazer parte de um grupo que tramava um golpe de estado, soou a muitos integrantes da base de Lula como um sinal de que perdeu força o discurso de defesa da democracia que ajudou o petista logo depois do quebra-quebra de 8 de janeiro. Foi essa certeza que levou o presidente a organizar o encontro com os ministros essa semana, de forma a organizar a “hora de mostrar serviço”. A certeza no Planalto é a de que “acabou o recreio”. Daqui para frente, é “mata-mata”, ou seja, não dá mais para errar e nem deixar algo para depois.

 



 

A avaliação no Planalto é a de que há três elementos que precisam de muita atenção: a irritação dos congressistas com a suspensão de grande parte das emendas pix pelo Supremo Tribunal Federal; a eleição municipal, período em que cotoveladas são inevitáveis; e a disputa pela Presidência da Câmara, em polvorosa nos bastidores. O comportamento dos ministros e do próprio presidente é que irá definir se esses fatos serão um tsunami ou uma “marolinha”.

 

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A estratégia de Bolsonaro

 

 

Alguns fiéis escudeiros do ex-presidente Jair Bolsonaro acreditam que ele vai esperar até o último minuto para lançar um candidato a presidente da República. Há quem aposte inclusive que ele vai segurar esse espaço inclusive no período eleitoral, para, se não conseguir recuperar a elegibilidade, colocar um familiar em seu lugar na última hora.

 

É pegar…

 

 

É nesse sentido que o ex-presidente tem feito questão de participar dos jantares e dos movimentos de campanha do PL. No jantar da semana passada, muitos saíram com a certeza de que Bolsonaro deixará cada vez mais claro que a capacidade de mobilização do partido está diretamente relacionada à presença dele.

 

...ou largar

E é fato que Bolsonaro reúne multidões, algo importante para qualquer partido. Portanto, até aqui, ninguém reclama de deixar a definição da candidatura presidencial a cargo do ex-presidente.

 

Uma manobra em 55 dias

 

 

O governo do presidente Lula tem até o primeiro turno da eleição municipal para fechar um acordo sobre a liberação dos quase R$ 8 bilhões em emendas pendentes, incluindo na conta as tais emendas pix. A partir da segunda semana de outubro, as cobranças de hoje prometem virar uma batalha campal.

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