O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou em um evento para apoiadores em Recife neste sábado (10/8) que as joias que governos estrangeiros doaram ao Brasil são dele e que irá leiloar para doar a Santa Casa de Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, local que foi atendido após ser esfaqueado durante a campanha de 2018. Os kits estão avaliados em mais de R$ 5 milhões.
"Vou pegar o conjunto de joias. Conjunto que é meu! Vou leiloar essas joias e vou doar à Santa Casa de Juiz de Fora", disse para apoiadores que ovacionavam o político ao final de cada frase.
Assessores de Bolsonaro, como o advogado Frederick Wassef e Mauro Cesar Lourena Cid, pai do ex-ajudante de ordens Mauro Cesar Barbosa Cid, chegaram a vender e a recomprar, quando o sumiço das peças de luxo foi descoberto, artigos como relógios da marca Patek Philippe, Rolex e dois kits de joias da marca Chopard. As peças que haviam entrado ilegalmente no Brasil, também deixaram o país rumo aos Estados Unidos de forma irregular e foram leiloados e vendidos também de ilegal.
Em agosto de 2023, a Polícia Federal deflagrou uma operação para apurar a venda destes presentes de luxo, chegando a realizar busca e apreensão em diversas cidades.
A defesa de Bolsonaro vai pedir que a investigação sobre o político seja arquivada após o Tribunal de Contas da União (TCU) decidir que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não precisa devolver um relógio avaliado em R$ 60 mil.
Os itens ficaram retidos na Receita Federal ao chegarem do exterior já que os responsáveis por levar os objetos não quiserem declarar como um presente ao Estado. Presentes pessoais, que superem a marca de 500 dólares devem ser tributados. A legislação brasileira determina que presentes ao presidente, que não sejam de uso pessoal, sejam incorporados ao acervo da União.