Com slogans marqueteiros e otimistas, nove dos 10 pretendentes aprovados em convenções partidárias registraram, até esta quarta (14/8), suas candidaturas a prefeito e a prefeita da capital mineira. A partir desta sexta, ficarão legalmente autorizados para entrar em campo na busca frenética do voto e conquistar a passagem do 1º para o 2º turno. Duas das setes pesquisas divulgadas nesta semana apontaram resultados semelhantes, sinalizando estabilidade nas intenções de voto. Por esse placar, Mauro Tramonte (Republicanos) mantém a dianteira em ambas as medições, bem à frente do pelotão que briga pela segunda colocação.

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Ainda assim, não há motivos para desespero dos que estão menos cotados, muito menos acomodação por quem está favorito. Até porque não há hipótese visível de haver apenas um turno na disputa diante da pulverização dos votos entre os mais competitivos. Essa também tem sido a tradição histórica da capital.

 

A palavra de ordem é usar bastante a sola do sapato e o gogó na captura do voto pelas ruas e pelos bairros da capital, levando as propostas e buscando ficar conhecido. Até o dia da eleição, haverá pelo menos outros quatro debates na TV e no rádio e, a partir de 30 de agosto, começam os programas gratuitos eleitorais no rádio e na telinha. Nas redes sociais, fica ampliada a capacidade de impulsionamento, com possibilidade de chegar aonde é necessário, por meio da guerra de narrativas com tráfico direcionado. Até o momento, o mundo virtual não fez a diferença. Tanto é que quem tem uma atuação precária na rede social está pontuando bem nas pesquisas, ao contrário de quem tem uma rede forte.

 

Tudo somado, são ações e movimentos para tentar alterar o quadro e mexer no placar. As pesquisas citadas foram registradas na Justiça Eleitoral pelos números MG 01943/2024 e MG-08627/2024.

 

Marketing revigorado

Após o período de criminalização da política, o marketing político voltou a ser reconhecido nas campanhas eleitorais. Além de seus vices, os candidatos e candidatas já definiram seus marqueteiros também. Mauro Tramonte contratou o cientista político Rodrigo Mendes; Fuad Noman vai de Paulo Vasconcelos; Bruno Engler chamou Roberto Hilton; Rogério Correia está com Rubens Marra; Duda Salabert, com Vitor Colares, e Gabriel Azevedo, com Alberto Lage.

 



 

Intervenção nacional

É o caso típico da candidatura a prefeito de BH do Podemos. Há mais de 40 dias, apontamos aqui a crise interna vivida pelo candidato Carlos Viana com seu partido. Nesta quarta (14/8), ele e a direção estadual da legenda foram convocados a Brasília para resolver o dilema da composição da chapa, definição básica até para registro oficial. Para ter uma ideia, Viana teve até agora três candidatos a vice. Dois indicados por ele e uma terceira pelo partido. É a única candidatura que experimenta até mesmo o risco de descontinuar na campanha.

 

 

Fundo do PT segue pesquisa

Alertamos aqui na segunda (12/8) e a jornalista Ana Mendonça expôs a crise interna no PT do candidato a prefeito Rogério Correia por conta dos baixos recursos do fundo partidário. São R$ 2,3 milhões para as candidaturas majoritária e proporcionais. Pela primeira vez, o partido resolveu priorizar e investir em candidatos e candidatas com viabilidade eleitoral. Com isso, candidaturas em Contagem (Grande BH), Juiz de Fora (Zona da Mata), Uberlândia (Triângulo) e Governador Valadares (Leste) deverão ser mais aquinhoadas.

 


PV fica liberado em BH

Ligados ao PT pela federação partidária, o PV da capital liberou seus oito candidatos a vereador na campanha eleitoral. Desses, apenas dois vão pedir votos para Rogério Correia; os demais querem Fuad Noman (PSD).

 

 

Briga em Lagoa Santa

A briga eleitoral em Lagoa Santa (Grande BH) está se revelando uma das mais polarizadas, com dois candidatos de peso disputando a preferência dos eleitores. De um lado, Breno Salomão (Cidadania), atual vice-prefeito; do outro, Genesco Aparecido (MDB), ex-prefeito por três mandatos, que busca retomar o controle da prefeitura. Agora, o Ministério Público Eleitoral entrou em campo e pede a impugnação de Genesco por inelegibilidade.


Salários com ganhos reais

 

 

De acordo com estudos do Dieese, 86,4% dos reajustes da indústria e serviços registram ganhos acima da inflação em 2024 em todo o país. O comércio apresentou percentual menor, de 75,3%. Com relação aos pisos salariais analisados nos quatro primeiros meses do ano, o maior valor médio foi de R$ 1.639,83. Na comparação por setores, o maior valor médio é o do comércio — RS$ 1.696,57 -, seguido pela indústria, com o menor — R$ 1.579,50. No setor rural, o reajuste médio do piso foi de R$ 1.636,02 e o de Serviços R$ 1.661,32.

 
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