Em visita ao Mercado Central nesta terça-feira (20/8), a candidata à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) pelo PDT, Duda Salabert, prometeu isenção fiscal a bares e restaurantes tradicionais do município e tratá-los como patrimônio cultural. Ela também propôs a internacionalização da culinária mineira – principalmente a belo-horizontina – e a valorização da economia criativa seguindo os conceitos de saúde única, interligando humanos, animais e meio ambiente.

 


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“Eu fui à Bélgica no mês passado e tinha filas para experimentar e comprar o chocolate belga. Se eu for eleita prefeita, vai ter filas para experimentar a empada de jiló do Mercado Central. Temos a melhor limonada do mundo, que é de uma loja que está aqui desde 1938; o pastel daqui, tanto quanto o da Galeria do Ouvidor, é tradição de Belo Horizonte. Temos que entender que esse espaço não é apenas econômico, mas também um patrimônio cultural”, declarou Duda ao Estado de Minas.

 

 



 

A proposta da deputada federal é dialogar com planos de base de restaurante, entendendo esses espaços e trabalhando para melhorá-los e valorizá-los, segundo modelos internacionais como o de Buenos Aires, que conta com os "bares notáveis", os mais representativos da cidade.


 

“Temos que construir uma nova economia para a cidade colocando em protagonismo a valorização de bares em restaurantes, porque temos a melhor culinária do mundo e o mundo precisa conhecer a nossa culinária. A proposta é internacionalizar mais ainda a culinária belo-horizontina, e escolhemos visitar o Mercado Central porque aqui é o polo disso tudo”, disse.

 


 

 

Duda Salabert almoçou no restaurante Mané Doido e seguiu para o Ponto da Empada. Depois, fez uma parada na Tradicional Limonada. À tarde, a candidata do PDT segue para uma agenda com a Sociedade Mineira Protetora de Animais (SMPA) e uma reunião interna.


 

Saúde única

A candidata também afirmou que a visita ao Mercado Central serviu para levantar a pauta da saúde única, entendendo que a saúde humana, animal e ambiental estão interligadas. “Negligenciar uma pode impactar diretamente nas outras, então entendo que temos que atualizar a legislação no município nesse sentido, como tem ocorrido no mundo inteiro”, afirmou ela.

 


 

De acordo com Salabert, as últimas pandemias globais ocorreram em decorrência das relações irresponsáveis com os animais e é necessário pensar de forma mais consciente a fim de promover o bem-estar da população.


 

 

“Se eu for eleita, nós vamos apresentar um projeto de lei para que em locais onde há venda e consumo de comida não se possa comercializar animais, porque há risco sanitário e de contaminação. Não queremos que um patrimônio como esse, da culinária internacional, corra o risco de ser contaminada pela venda de animais”, disse.

 

 

 

 

No final do ano passado, a venda de animais no Mercado Central passou a ser fiscalizada depois de denúncias de maus tratos e más condições de limpeza e alimentação. Um comerciante chegou a ser preso.


 

Campanha sem impressos

Em suas redes sociais, Duda compartilhou um vídeo em que afirma que sua campanha não terá nenhum produto impresso. À reportagem, ela explicou o motivo.


 

 

“Fui a primeira vereadora eleita sem imprimir nenhum papel no Brasil; a primeira deputada federal da história eleita da mesma forma; e serei a primeira prefeita a fazer uma campanha sem papel em respeito o meio ambiente, entendendo a importância do que eu disse sobre saúde única e em respeito ao dinheiro público”, relatou.

 


 

 

A candidata também afirmou que investe em sua reputação na cidade. “É possível fazer uma campanha dessa forma, então qual o sentido de imprimir papel nos próximos 30 dias? A melhor forma de fazer política é na trajetória, e eu tenho uma trajetória de mais de 20 anos aqui na cidade, que reconhece isso. A campanha vai servir apenas para consagrar isso”.

 

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