Prefeito de Belo Horizonte e candidato à reeleição neste ano, Fuad Noman (PSD) defendeu que mudanças no Plano Diretor da cidade sejam discutidas com a população e efetivadas apenas se houver “consenso”. Após almoço com representantes do sindicato dos taxistas, nesta sexta-feira (23/8), no Barro Preto, Região Centro-Sul da capital, o candidato destacou que não possui uma proposta estruturada, mas espera que o debate seja realizado já no próximo ano.

 

 

Siga nosso canal no WhatsApp e receba em primeira mão notícias relevantes para o seu dia

 

 

“Em primeiro lugar, a gente precisa entender que o Plano Diretor está em vigor, então ele sofre uma série de críticas em diversos pontos. É exatamente por isso que eu tinha uma previsão de alterá-lo no período de oito anos, ver as experiências que estão acontecendo, as dificuldades, e avaliar as correções que precisam ser feitas”, disse.

 

 



 

O Plano Diretor aprovado em 2019, ainda no primeiro mandato do então prefeito Alexandre Kalil (PSD), foi alterado em 2023 após uma proposta enviada por Fuad para a Câmara Municipal de BH. O texto define os parâmetros que regularizam a ocupação da capital e uma série de diretrizes para a construção civil.

 

 

 

“Ainda não temos nada estruturado, está longe, mas com uma eventual reeleição, no ano que vem vamos começar a discutir com a sociedade o que mudar no plano diretor. Se houver um consenso da sociedade, nós vamos mudar”, disse.

 

 

 

 

 

 

Na época, Fuad ainda não havia completado um ano de governo quando propôs uma alteração na cobrança da Outorga Onerosa do Direito de Construir (OODC) dentro dos limites da Avenida do Contorno. O instrumento previsto no plano viabiliza a construção acima do permitido pelo coeficiente de aproveitamento básico, mas o texto aprovado pelos vereadores diminuiu pela metade a cobrança a partir do mecanismo na área central da capital.

 

 

 

Os valores arrecadados pela OODC devem ser utilizados em melhorias na cidade, como urbanização de vilas e favelas, obras viárias e construção de moradias populares. Na época da mudança, movimentos sociais e especialistas avaliaram uma queda no potencial para melhorias na cidade e uma centralização das construções em uma região já adensada da cidade.

 

 

 

Taxistas

Esta é a segunda vez que Fuad cumpre agenda com os taxistas, desde o início da campanha. Na segunda-feira (19/8), a categoria declarou apoio à reeleição do atual prefeito, cobrando o uso de todas as faixas exclusivas para ônibus por táxis e pediram também a legalização do uso de caminhonetes para o transporte de passageiros e bagagem.

 

 

 

Questionado sobre suas propostas para a categoria, Fuad disse que não tem medidas específicas previstas no seu plano de governo, mas que trabalha para eles “durante todo o tempo”.

 

 


“Nós resolvemos todos os problemas que a categoria tinha, desde o início do ano estamos trabalhando para eles. Eles tinham um problema de passar a licença de um para outro, vimos o que era possível fazer e autorizamos. Eles queriam passar na faixa de ônibus, estudamos e autorizamos”, declarou.

compartilhe