Nome ligado à direita e candidato ao governo de Minas apoiado por Jair Bolsonaro (PL) em 2022, o senador Carlos Viana elogiou a disposição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o diálogo. Em entrevista ao Estado de Minas, o candidato à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) relacionou a postura do petista com a do governador Romeu Zema (Novo) ao projetar seu trânsito nas esferas estadual e federal, caso seja eleito na capital mineira.
Eleito como senador em 2018, Viana assumiu com Jair Bolsonaro (PL) à frente do governo federal e Zema no estado. Desde 2019, ele atua no Congresso sob a gestão de Lula no Palácio do Planalto. Questionado sobre como se relacionaria com o petista caso eleito prefeito de BH, o parlamentar relatou experiências recentes com o presidente.
“O presidente Lula é uma coisa impressionante. Ele me ligou duas vezes, depois da volta em fevereiro, e agora, recentemente, em um encontro em Brasília, em que ele sancionou leis que eu fui relator. Ele falou comigo: 'Senador, o senhor tem que vir aqui conversar comigo para trazer os evangélicos. Eu quero conversar com os evangélicos. O senhor pode me ajudar'. Falei: 'Presidente, vamos. Nós vamos dar uma olhada nisso, né?. O senhor é presidente e a Bíblia diz que a gente tem que orar para todos os governantes’. Não agimos ainda, mas me impressionou pela proximidade de querer dialogar, isso como prefeito vai ser muito bom”, afirmou.
Viana foi o quinto entrevistado das sabatinas do Estado de Minas com candidatos à PBH. Durante a entrevista, o senador disse que se manteve fiel a Bolsonaro até o último dia de mandato, mas hoje acredita em um novo modelo de liderança para a direita brasileira.
"O presidente Lula eu não apoio, não votei. Votei em Bolsonaro, porque eu sou da direita. Ele representava naquele momento o que eu entendia que era melhor para o país. Hoje não entendo mais, ele passou. Eu quero um outro modelo para a direita brasileira, e Bolsonaro já deu a contribuição dele, os tropeços dele. A gente precisa apresentar ao país um novo modelo para a direita", avaliou.
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Sabatinas
As sabatinas do Estado de Minas começaram na última segunda-feira (19/8), quando foi entrevistada Lourdes Francisco (PCO). Nos dias seguintes estiveram na redação do EM os candidatos Indira Xavier (UP), Wanderson Rocha (PSTU) e Bruno Engler (PL).
Confira a agenda com as próximas entrevistas:
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Segunda-feira (26/8) - Duda Salabert (PDT)
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Terça-feira (27/8) - Rogério Correia (PT)
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Quarta-feira (28/8) - Mauro Tramonte (Republicanos)
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Quinta-feira (29/8) - Gabriel Azevedo (MDB)
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Segunda-feira (2/9) - Fuad Noman (PSD)
Debate na Alterosa
Em setembro, a TV Alterosa e o Portal UAI convidam os telespectadores para assistir ao debate entre os candidatos à PBH. No dia 11, às 17h30, os sete candidatos dos partidos com representação em Brasília – como determina o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) – se encontram para confrontos diretos em quatro blocos.
Com uma duração de aproximadamente 2h15, o debate será apresentado pela âncora e editora da TV Alterosa, Carolina Saraiva. Na ocasião, Bruno Engler (PL), Carlos Viana (Podemos), Duda Salabert (PDT), Fuad Noman (PSD), Gabriel Azevedo (MDB), Mauro Tramonte (Republicanos) e Rogério Correia (PT), terão de responder perguntas feitas entre eles.
O primeiro, segundo e terceiro bloco, serão exclusivos para os confrontos. O primeiro candidato será definido por sorteio, e terá 30 segundos para formular uma questão para que outro candidato de sua escolha responda em até 1min30. O desafiante terá um (1) minuto para réplica, e o desafiado 30 segundos para a tréplica. A ideia é fazer com que cada candidato seja questionado por outro.
Em caso de ofensas e ataques, os candidatos podem levantar o braço em direção a Carolina Saraiva e pedir direito de resposta. O pedido será analisado por uma comissão. Se concedido, o candidato terá a fala no início do bloco seguinte.
O quarto e último bloco será destinado para as considerações finais. Cada candidato terá 2 minutos para encerrar sua participação no debate. Os melhores momentos poderão ser conferidos no portal do Estado de Minas e, também, na edição impressa do dia 12.