A candidata à Prefeitura de São Paulo e deputada estadual pelo PSB, Tabata Amaral, voltou a acusar o também candidato e ex-coach Pablo Marçal (PRTB) de ligações com a organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
A série de acusações está sendo realizada em vídeos publicados nas redes sociais de Tabata, sendo o último com acusações de que Marçal "não consegue jogar dentro das regras", além de ter sido condenado à prisão e não preso devido a recursos feitos à Justiça. Na primeira produção, ela relacionou pessoas ligadas tanto a Marçal quanto ao PCC.
Na nova peça, Tabata inicia a narrativa com a história de Pablo Marçal, dizendo que ele afirma ter origem humilde que fez "fortuna do nada", mas que não conta sobre condenação por envolvimento em fraudes: "Ele foi preso em 2005 por fazer parte da maior quadrilha de fraudes bancárias do Brasil. Ele não conta, só que a gente contou, que em 2010 ele finalmente foi condenado à prisão por aplicar esses golpes. Mas por que ele não ficou preso? Porque recorreu da sentença por 8 anos até a condenação prescrever em 2018", disse.
Tabata, então, questiona de onde veio o dinheiro para recorrer: "Ele alega que não teve advogado, é mentira. Recorrer custa caro, e Pablo ainda não era advogado". Ela também questiona de onde vem o dinheiro pelo qual Pablo está sendo investigado por irregularidades no registro eleitoral de 2023 para a candidatura a deputado federal.
Na sequência, a candidata à Prefeitura de São Paulo indaga sobre a movimentação "suspeita" nas mídias sociais de perfis que apoiam o nome de Pablo Marçal, mesmo depois da derrubada dos perfis oficiais. No sábado (24/8), a Justiça Eleitoral determinou que as redes sociais do ex-coach fossem retiradas do ar, o que causou reações da direita brasileira, que aponta o episódio como censura.
"O próprio Pablo é gravado revelando o esquema, a criação de uma comunidade on-line em que ele paga as pessoas para produzirem os vídeos. De onde vem esse dinheiro? Quem tá por trás do Pablo Marçal? Quem é que banca essa candidatura?", questiona Tabata.
Ela afirma que a resposta de quem banca essa candidatura esbarra nas letras "P de Pablo, C de Coach e C de Criminoso", dizendo que o próprio Pablo já afirmou que "estar cercado de gente ligada ao crime organizado é normal".
"Pablo não consegue jogar dentro das regras", continuou a candidata, que questionou a quantidade de seguidores novos de Pablo, mesmo depois da determinação da justiça de que as publicações não poderiam ter financiamento ilegal. "A gente já identificou como é que ele ganhou tantos seguidores na conta nova. Spoiler: não foi graças ao seu rostinho harmonizado".
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Tabata finalizou a peça o chamando para o debate, que contará apenas com os dois candidatos à Prefeitura, dizendo que Pablo "tem medo de ser preso" e "está pensando em desistir", mas que irá "desmascará-lo mais uma vez" no debate transmitido pela TV Gazeta no próximo domingo, dia 1º de setembro. "Não foge que vai ser pior", finalizou.
De acordo com pesquisa do Datafolha, o candidato do PRTB está empatado na liderança de intenções de votos com o candidato do Psol, Guilherme Boulos, e com o candidato do MDB, Ricardo Nunes.