SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - A Justiça Eleitoral aceitou pedido de direito de resposta ao prefeito e candidato à reeleição Ricardo Nunes (MDB) por ter sido chamado de "canalha" por Pablo Marçal (PRTB).
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Marçal tem 48 horas para publicar nas redes sociais dele um vídeo de um minuto com a resposta de Nunes. A decisão obriga ainda a remoção imediata do vídeo em que o influenciador ofende Nunes. A sentença foi expedida nesta sexta-feira (30) pelo juiz Murillo D'Avila Vianna Cotrim, da 2ª Zona Eleitoral de São Paulo.
O magistrado considerou que Marçal "ofendeu" a honra de Nunes e extrapolou o "limite da liberdade de expressão e do debate político". Na decisão, Vianna ponderou que o prefeito está sujeito a críticas pelo cargo que ocupa, mas que isto "não permite ataques pessoais que atinjam sua honra, sem qualquer relevância para o debate político e de propostas ao eleitor".
Marçal diz no vídeo que Nunes é "canalha e covarde" e que iria "arrebentar" o prefeito". O influenciador afirma ainda que o presidente Lula (PT) estaria apoiando o emedebista. Na verdade, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) é o candidato do petista em São Paulo, enquanto Nunes tem o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
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Justiça Eleitoral também deu direitos de resposta e multou Marçal em R$ 30 mil por mentir que Boulos cheira cocaína. Reportagem da Folha mostrou que as acusações do influenciador são baseadas em um processo que envolve um homônimo do deputado federal. Trata-se de Guilherme Bardauil Boulos - o nome completo do candidato a prefeito, porém, é Guilherme Castro Boulos.