Além de analisar o conteúdo dos candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte nas redes sociais, a reportagem do Estado de Minas acessou a biblioteca de anúncios da Meta, empresa que administra o Instagram e o Facebook, para verificar quanto cada uma dos candidatos à PBH investiram, até a última sexta-feira, em impulsionamento de conteúdos. Nesse levantamento, além de Lourdes Francisco (PCO) que não possui contas, Rogério Correia (PT), Indira Xavier (UP) e Wanderson Rocha (PSTU) não apresentaram registro ativo de gastos do tipo. Vale ressaltar que a empresa privada não apresenta o valor exato de cada impulsionamento, apenas uma estimativa.
Entre todos os candidatos, aquele com maior volume de gastos com impulsionamentos era o líder das pesquisas de intenção de voto, o deputado estadual Mauro Tramonte (Republicanos). Ele tinha 17 impulsionamentos ativos no momento em que a reportagem apurou os dados. Os investimentos variam entre R$ 82,6 mil e R$ 101 mil. Cerca de metade desse enorme volume de dinheiro era destinado para duas peças, que traziam o candidato como "a voz do povo", mais uma vez tentando explorar a imagem popular do apresentador de TV e parlamentar da ALMG.
Depois, quem aparecia em segundo lugar em valor destinado para esse fim era o prefeito Fuad Noman (PSD), autor de 19 impulsionamentos. O valor somado de todas as publicações dele desse tipo varia entre R$ 29 mil e R$ 33,5 mil. Os maiores investimentos foram feitos em peças que ressaltam eventuais méritos da gestão do atual chefe do Executivo: uma sobre as obras contra as enchentes; outra acerca da saúde municipal; e uma última que reforça a mensagem de que a "paciência acabou" com as empresas de ônibus.
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Bruno Engler tinha 12 anúncios ativos no momento da consulta. Somando todos os investimentos nas redes, o candidato do PL gastou entre R$ 5,4 mil e R$ 7,6 mil. A maior parte do dinheiro ficou concentrada justamente nas peças gravadas ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro, o que reforça a análise feita pela reportagem sobre as estratégias dele nos textos usados nas redes.
Já o senador Carlos Viana (Podemos) tinha apenas quatro impulsionamentos ativos na última sexta, que variavam entre R$ 1,8 mil e R$ 2,6 mil. As peças eram de diferentes assuntos, entre pesquisas de intenção de voto; o "renascimento econômico" da cidade; e a política de devolver os moradores em situação de rua para suas cidades de origem.
O presidente da Câmara Municipal de BH, Gabriel Azevedo (MDB), também investiu nas redes, mas em volume bem menor que os adversários: entre R$ 400 e R$ 700. As publicações falavam sobre a trajetória dele e as propostas do plano de governo, como a "transformação do Vale do Jatobá, no Barreiro, no Vale das Oportunidades".
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