O governo já quebrou a cabeça em busca de um candidato a presidente do Senado, mas, diante dos fatos, muitos aliados do Planalto já fizeram chegar ao presidente Lula que, pelo menos, até aqui, o melhor é se juntar a Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), o poderoso presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Atualmente, tudo passa por ele. E, diante da constatação que o governo não tem maioria na Casa para fazer valer a sua vontade, melhor fechar com Alcolumbre e negociar lá na frente. A trilha rumo a Alcolumbre já foi aberta pelo PDT, que anunciou desde já o apoio ao senador amapaense. Os demais, porém, devem esperar o andar da carruagem na Câmara, para anunciar o respaldo a Alcolumbre.
Na Câmara, porém, conforme o leitor da coluna já sabe, o governo não desistiu de rachar o centro. Porém, está com dificuldades. Na noite do Prêmio Congresso em Foco, por exemplo, o líder do PSD, Antonio Brito, era visto como “o cara” pelo grupo mais simpático do governo e ele não é o favorito do presidente da Câmara, Arthur Lira. Vai ter disputa.
A conta gotas
A nova nota conjunta entre Brasil e Colômbia manifestando “profunda preocupação” com as medidas judiciais da Venezuela foi vista no mundo político como um sinal de que Nicolás Maduro caminha para perder os únicos da região que ainda não condenaram o desfecho eleitoral e a ausência das tais atas.
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Missão difícil
A ministra da Planejamento, Simone Tebet, vai ficar rouca de tanto defender a proposta orçamentária encaminhada ao Congresso. Mas, se depender dos senadores, a perspectiva de aprovação de aumento de impostos é nula. Nos bastidores, não há quem defenda aumento de Juros sobre Capital Próprio (JCP) e da contribuição sobre o lucro.
Preservado
Do alto de quem comanda um poder, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, não recebeu a ministra Simone Tebet, segundo seus colegas de Casa, justamente para ficar fora dessa discussão. Nesse momento, Pacheco precisa se recolher para, mais à frente, entrar no papel de pacificador entre os senadores e o governo.
Sete de Setembro na roda
Nem o Sete de Setembro escapará da tal polarização que toma conta do país. Em Brasília, o apoio a Alexandre de Moraes, convidado por Lula, como é de praxe chamar os ministros do STF. E, em São Paulo, uma manifestação contra o ministro.
Ceará inseguro
Em uma das praias mais famosas do Estado, Cumbuco, o dono de uma barraca de praia foi assassinado a tiros por integrantes de uma facção criminosa. Os famosos passeios de buggy também foram suspensos na mesma praia, conta o deputado Danilo Forte. “A segurança por aqui está em estado falimentar”, comenta.
Nem tudo é política
Ex-secretário de Esportes do governo José Roberto Arruda, o empresário e suplente de senador André Felipe acaba de se classificar numa das competições mais difíceis do mundo e uma das mais importantes da Europa, a 44ª Ultramaratona Santander de 100 quilômetros e 24 horas, em Cantábria, na Espanha.
Mas para a política...
...é preciso saúde. Suplente do senador Izalci Lucas, André Felipe foi o criador das Vilas olímpicas de Brasília e do programa Compete Brasília, que se tornou lei em 2016 proposto pelo deputado distrital Júlio César. Para essa prova na Espanha, foram 12 meses de preparação com treinador e triatleta olímpico Leandro Corrieri de Macedo e preparador físico Gustavo Duarte.