Apoiadores dos candidatos Gabriel Azevedo (MDB) e Indira Xavier (UP) trocaram provocações durante debate -  (crédito: Marcos Vieira /EM/DA. Press)

Apoiadores dos candidatos Gabriel Azevedo (MDB) e Indira Xavier (UP) trocaram provocações durante debate

crédito: Marcos Vieira /EM/DA. Press

A presença de torcidas durante o debate com os candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte da Rede Minas, realizado nessa terça-feira (3/9), trouxe momentos inusitados e foi marcada por cânticos provocativos aos adversários, dignos de estádio de futebol.

 

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Apesar de sete dos dez candidatos aparecerem - o prefeito Fuad Noman (PSD), Mauro Tramonte (Republicanos) e Carlos Viana (Podemos) não foram por diferentes razões -, estavam presentes apenas apoiadores de Gabriel Azevedo (MDB) e Indira Xavier (UP).

 

'O passe livre, o Gabriel já deu!'

 

Em meio aos gritos favoráveis ao passe livre no transporte público da capital mineira pelos apoiadores da Indira Xavier, como "O passe livre não é esmola! O filho do prefeito vai de carro para a escola!" e "O dinheiro da minha mãe não é capim, eu quero passe livre sim!", os apoiadores de Azevedo passaram a entoar "O passe livre, o Gabriel já deu!".

 

A frase é em referência à contraproposta que o vereador e presidente da Câmara de BH fez ao Projeto de Lei (PL) 11.458 que a prefeitura enviou para o Legislativo municipal e previa um subsídio de quase R$ 500 milhões em 2023 para empresas de ônibus.

 

Inicialmente, o projeto tinha objetivo de reduzir a passagem para R$ 4,50, mas o valor acertado foi de R$ 5,25. Porém, acabou ficando acertada a tarifa zero para vilas e favelas e passe livre para estudantes e pessoas em tratamento de saúde.

 

'O Gabriel não passa de um playboy'

 

Outras provocações a Gabriel foram feitas pelo grupo de esquerda radical. Ainda aguardando a chegada do emedebista ao local, um coro bradava: "A verdade dói, o Gabriel não passa de um playboy!". Manifestação que foi imediatamente vaiada pelos entusiastas do emedebista. A frase voltou a ser gritada na presença do candidato, que respondeu ironicamente com beijos.

 

Posteriormente, Azevedo disse que as manifestações contrárias e favoráveis fazem parte da democracia.

 

'Ô, Bruno Engler, seu fascistinha...'

 

A ironia também foi a resposta dada ao candidato Bruno Engler (PL). Ao se preparar para uma entrevista ainda na porta da emissora, os apoiadores da Unidade Popular cantaram: "Ô, Bruno Engler! Seu fascistinha! A gente vai botar você na linha".

 

O bolsonarista fez o sinal de coração com as mãos para os críticos.