"Se for o meu nome (para disputar a presidência), eu aceito, se for o nome de outra pessoa, eu aceito. O que quero é ajudar o Brasil, nem que seja para estar lá em Brasília varrendo a sujeira", disse Zema. -  (crédito: Tulio Santos/EM/D.A.Press)

"Se for o meu nome (para disputar a presidência), eu aceito, se for o nome de outra pessoa, eu aceito. O que quero é ajudar o Brasil, nem que seja para estar lá em Brasília varrendo a sujeira", disse Zema.

crédito: Tulio Santos/EM/D.A.Press

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), afirmou que ele e outros governadores de centro-direita estão se empenhando para apoiar uma candidatura única nas eleições presidenciais de 2026. Zema declarou que está disposto a considerar a candidatura presidencial, caso seu nome seja cogitado, mas destacou que sua aceitação dependerá da viabilidade demonstrada pelas pesquisas eleitorais.


Em entrevista à Rádio Tupi, do grupo Diários Associados, Zema também expressou confiança na chapa formada pelo deputado estadual Mauro Tramonte (Republicanos) e pela ex-secretária de Planejamento do governo Zema, Luísa Barreto (Novo), na disputa eleitoral pela Prefeitura de Belo Horizonte. “Extremamente competentes”, classificou. 


O governador de Minas Gerais ainda comentou sobre a administração do governo federal, afirmando que é necessário ter uma equipe mais competente e menos "companheirada", referindo-se aos aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Confira os principais pontos da entrevista abaixo.


Eleições presidenciais


“O ano de 2026 está distante, mas nós governadores de centro-direita – eu, governador Tarcísio (de Freitas, de São Paulo), governador Ratinho, do Paraná, governador Caiado, de Goiás, e outros mais – temos nos reunido frequentemente para criarmos um grupo que venha apoiar o nome único em 2026. As pesquisas é que vão indicar qual o nome mais viável, pode ser um desses nomes aí. Se for o meu nome, eu aceito, se for o nome de outra pessoa, eu aceito. O que eu quero é ajudar o Brasil, nem que seja para estar lá em Brasília varrendo a sujeira, que tem muita ainda.”


Embate entre Alexandre de Moraes e Elon Musk


“Eu sou democrata, e acho que todo democrata que preza pela democracia é favorável às pessoas que têm opiniões diferentes. Parece que no Brasil nós temos tido determinadas pessoas que ocupam cargos relevantes, que não gostam de opinião diferente. Eu acho que opinião diferente enriquece o debate. Faz parte do processo democrático e a pior coisa que pode acontecer numa democracia é você querer calar a boca de alguém. Acho que estamos indo no rumo errado. Além disso, estamos participando de um grupo de países que já adotaram essas medidas e que não tem nada de democrático. Para mim, é uma luz amarela que está acendendo.”


Avaliação do governo federal


“No governo federal, acho que nós temos hoje o maior número de ministérios do mundo. Acho que nenhum país supera o Brasil. Eu acredito em governo eficiente em governo com gente competente. No Brasil, em termos de governo, é como se o Brasil fosse disputar uma copa e levasse só os filhos do presidente da CBF e os parentes do técnico para jogar a Copa. Temos de mudar essa visão no setor público no Brasil. Precisamos de gente competente e não de companheirada, de gente que é cabo eleitoral e que muitas vezes não é a pessoa adequada para aquele lugar para resolver o problema. Nós precisamos é de gente competente, e infelizmente o Brasil tem de amadurecer muito, e esse governo federal que está aí hoje não tem esse perfil.”

 

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Trabalho e desenvolvimento de Minas Gerais


“Nós estamos caminhando agora para um milhão de empregos com carteira assinada gerados no estado. Um milhão de empregos faz diferença num país. Agora imagina no estado. Na maioria das regiões de Minas Gerais, que é um estado grande, hoje há falta de mão de obra, o que eu considero um bom problema. Só não trabalha quem não quer. Hoje nós estamos atraindo empresas numa velocidade recorde e esse processo vai continuar porque Minas se transformou num estado onde quem investe sabe que vai ser bem tratado.”


Atuação política


“Eu sou o governador mais econômico de Minas Gerais. Até eu assumir, o governador de Minas Gerais morava no palácio com 32 empregadas. Como eu sou do interior, eu aluguei a minha casa e tenho uma empregada que eu pago. Eu sou da seguinte opinião: se você está indo para o governo, você está indo para servir e não para enriquecer, para ter vida de imperador como acontecia em Minas Gerais. O governador de Minas tinha sete aeronaves à disposição. Eu não tenho nenhuma; ou vendemos ou essas aeronaves hoje atendem à segurança pública, à saúde. E quando eu preciso, eu uso uma delas somente a trabalho. Nós tínhamos em Minas Gerais 21 secretarias, eu reduzi para 13. Os meus secretários eu não conhecia nenhum deles há seis anos atrás. Eles foram selecionados. Não veio ninguém porque era do meu partido, porque me apoiou, etc. O meu secretário de saúde é médico, entende de medicina. Foram escolhas técnicas. Se você quer ganhar uma Copa do Mundo, você tem que levar craques.”

 


Chapa Tramonte Luísa-Barreto


“Em Minas, nós estamos participando da campanha de Belo Horizonte. A minha ex-secretária de Planejamento, uma mulher extremamente competente, é candidata a vice junto com o comunicador Mauro Tramonte, e eles estão hoje muito bem situados nas pesquisas. Tudo indica que nós vamos conquistar a Prefeitura de Belo Horizonte. Duas pessoas extremamente competentes: ele na área de comunicação e ela na área de gestão pública. Uma dupla que se complementa.” 


Acordo de Mariana


“Eu sou muito favorável a um acordo. Às vezes no Brasil fica se lutando e quem sofre são as pessoas (...). Nós fizemos o acordo da tragédia de Brumadinho no tempo recorde. Em dois anos o acordo de Brumadinho foi costurado. Hoje ele está se transformando em hospitais, em estradas novas, em saneamento, em escolas em Minas Gerais. E Mariana, que aconteceu muito tempo antes, não transformou em nada. Minas Gerais, Espírito Santo, que também participou dessa tragédia, e o governo federal estamos confiantes de que vamos costurar isso, que vai ser o maior acordo do mundo. Nós estamos falando de mais de R$ 100 bilhões. E uma coisa importante: é dinheiro que vem com destinação definida, não é pra colocar no cofre não. É dinheiro carimbado, não é pra fazer jogo político não, é pra fazer melhoria para as pessoas.”