Pablo Marçal (PRTB) é candidato à Prefeitura de São Paulo  -  (crédito:  Reprodução/Facebook)

Pablo Marçal (PRTB) é candidato à Prefeitura de São Paulo

crédito: Reprodução/Facebook

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O candidato à Prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB) mudou de postura e, nesta quarta-feira (4), defendeu o presidente de seu partido, Leonardo Avalanche, que disse em áudio ter relação com o PCC (Primeiro Comando da Capital).

 

Em entrevista durante encontro com candidatos a vereador do PRTB, de que os dois participaram, Marçal afirmou que Avalanche não tem relação com o crime organizado e é perseguido pela imprensa.

 

"Ele não tem nada a ver com o PCC, coitado. Ele está sendo despejado da casa dele, se tivesse ligação com o PCC, acho que o PCC ia ajudar ele a pagar", declarou.

 

 

O autodenominado ex-coach também negou tomar distância do partido, como havia dito em entrevistas anteriores. "Estou numa agenda frenética. Ele é muito bem-vindo. Eu não nego absolutamente nada de conhecê-lo. Eu conheci agora na campanha eleitoral. É um cara que está sendo leal comigo e está tudo certo", afirmou nesta quarta.

 

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A declaração contrasta com o que o candidato disse na segunda-feira (2), em entrevista ao Roda Viva. "Eu resolvi me afastar, particularmente dele, e estou seguindo a minha campanha em paz, porque é constrangedor o tempo inteiro ter que responder essas questões", disse.

 

A Folha de S.Paulo revelou em agosto que áudio em que Avalanche diz a um correligionário que mantém vínculos com integrantes do PCC.

 

 

A gravação foi feita em fevereiro deste ano durante conversa com Thiago Brunelo, filho de um dos fundadores do partido. O diálogo entre os dois na época ocorreu em um contexto de disputa interna pela presidência do PRTB, após o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) ter decretado intervenção na sigla.

 

A Folha de S.Paulo confirmou a veracidade da gravação com duas pessoas que participaram do encontro e outras três que são do entorno do atual presidente do PRTB. Ao jornal Avalanche disse não reconhecer sua própria voz e negou vínculo com facção.

 

 

Nesta quarta-feira (4), Marçal disse que o dirigente está sendo injustiçado. "Ele vai processar vocês que estão inventando mentiras", declarou.

 

Presente no evento, o dirigente também disse que tomará medidas judiciais. "Vou registrar um boletim de ocorrência, irei processar todos os meios de comunicações que publicaram e todos os jornalistas que publicaram", afirmou.

 

 

Em entrevista à Globonews na semana passada, Marçal havia dito que, se o partido fosse dele, afastaria até a conclusão das apurações os integrantes sob suspeita de elo com a facção.

 

Nesta quarta, ele disse que ter indagado a Avalanche se haveria a possibilidade de outra pessoa assumir a presidência do partido. "Passei isso para ele, mas ele tem me honrado até aqui."