Lula afirmou que o governo está em contato com a direção da Vale para acompanhar os termos do acordo -  (crédito: Reprodução / Youtube)

Lula afirmou que o governo está em contato com a direção da Vale para acompanhar os termos do acordo

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira (5/9) que os acordos da Vale S/A com famílias das vítimas das tragédias de Brumadinho e Mariana serão "resolvidos" até o começo de outubro.

 

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"Vou te dar em primeira mão. Até o começo de outubro, a gente vai resolver a questão do acordo com a Vale para resolver o problema de Mariana e de Brumadinho", disse o chefe do Executivo em entrevista à Rádio Vitoriosa, em Uberlândia (MG).

 

 

"É uma coisa que se arrasta há 10 anos. Vários compromissos, várias tentativas de fazer acordo, várias decisões judiciais, e as pessoas lá. A Vale não cumpre. Agora, vai ter que cumprir", acrescentou.

 

 

O petista reiterou a informação, mas alegou não poder dar maiores detalhes, sendo necessário aguardar a assinatura do acordo.

 

"Até o começo de outubro, a gente vai ter acordo da Vale para resolver o problema de Mariana. Nós queremos utilizar o recurso para recuperar o que foi estragado, para cuidar do povo, só não posso dizer os termos do acordo porque só posso falar quando estiver definido e assinado."

 

 

O presidente também criticou a atual direção da empresa. "Aliás, a Vale está mudando a direção. Espero que a nova direção seja mais cuidadosa e pense mais no desenvolvimento da Vale porque a atual direção só quer saber de vender ativos. Não quer saber de fazer novas pesquisa, de ter novos minerais", alfinetou.

 

Nesssa quarta-feira (4/9), o chefe do Executivo recebeu o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, para discutir o acordo judicial sobre o desastre de Mariana. O rompimento de uma barragem de rejeitos matou 18 pessoas e causou um dos maiores desastres ambientais do Brasil, em 2015.

 

Casagrande pleiteou com Lula que o acordo inclua a duplicação da BR-262, que liga a região metropolitana de Vitória a Belo Horizonte, em Minas Gerais.

 
A disputa judicial envolve os governos federal, de Minas Gerais e do Espírito Santo, além das empresas Vale, Samarco e BHP, responsáveis pela barragem rompida.