Bolsonaro esteve em BH em evento com Bruno Engler -  (crédito: MARCOS VIEIRA/EM/DAPRESS)

Bolsonaro esteve em BH em evento com Bruno Engler

crédito: MARCOS VIEIRA/EM/DAPRESS

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a reclamar de ter sido condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder político e econômico. O político esteve em Belo Horizonte nesta quinta-feira (5/9) para demonstrar apoio a candidatos em cidades mineiras, principalmente ao correligionário Bruno Engler, que está na corrida à prefeitura da capital.

 

 

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Ao ser questionado se o Partido Liberal já havia escolhido um substituto para o pleito de 2026, Bolsonaro retrucou: "Eu morri?! Fui enterrado?! Porque me tornaram inelegível? Por que me reuni com embaixadores? Não me reuni com traficantes, como Lula se reuniu no Rio de Janeiro, no Morro do Alemão", disse.

 

 

A reunião de Bolsonaro com representantes de governos estrangeiros, realizada no Palácio da Alvorada, na qual ele fez ataques às urnas eletrônicas e questionamentos sobre a lisura do processo eleitoral brasileiro, sem apresentar provas, foi transmitida por uma emissora estatal, no dia 18 de julho de 2022.

 

 

O encontro foi considerado pelo TSE como abusivo, já que é vedado o uso de prédios ou meios públicos para divulgação de material que possa ser visto como campanha eleitoral.

 

 

Já o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) esteve no Complexo do Alemão nos dias que antecederam o segundo turno das eleições presidenciais de 2022. No local, ele recebeu de presente um boné com a sigla "CPX", que os bolsonaristas interpretaram como "cupincha" e afirmaram ser presente de pessoas ligadas a facções criminosas.

 

 

 

 

Contudo, o responsável por dar o item ao presidente negou a relação com o crime organizado e esclareceu que "CPX" é a abreviação de "complexo". A mesma sigla é usada pela Polícia Militar carioca.

 

 

"Não me tornaram inelegível porque acharam dinheiro na cueca, em malas, não viu nenhum desfalque em nenhuma estatal", afirmou Bolsonaro.

 

 

 

 

Curiosamente, em outubro de 2020, o então vice-líder do governo Bolsonaro no Senado, o senador Chico Rodrigues (à época no União Brasil-RR), foi flagrado pela Polícia Federal, durante operação de busca e apreensão, com dinheiro entre às nádegas.

 

 

Na época, o senador empregava em seu gabinete o sobrinho de Bolsonaro Léo Índio, que recebia um salário de R$ 23 mil. O membro do clã Bolsonaro pediu exoneração após o caso. Rapidamente foi nomeado auxiliar administrativo na liderança do partido no Senado, mas também ele ficou pouco tempo no cargo, ao ser exonerado devido a denúncias que afirmavam que ele era um funcionário fantasma.

 

 

 

 

Em Belo Horizonte, o ex-presidente voltou a afirmar que a decisão do TSE é uma perseguição pessoal do ministro Alexandre de Moraes. "O que eu ganhei me reunindo com embaixadores? Inelegível por conta disso? É pessoal do senhor Alexandre de Moraes", comentou.