Pablo Marçal (PRTB) e Guilherme Boulos (Psol), candidatos à Prefeitura de São Paulo -  (crédito: Reprodução UOL/Folha - GLADYSTON RODRIGUES/EM/D.A.PRESS)

Pablo Marçal (PRTB) e Guilherme Boulos (Psol), candidatos à Prefeitura de São Paulo

crédito: Reprodução UOL/Folha - GLADYSTON RODRIGUES/EM/D.A.PRESS

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O influenciador Pablo Marçal (PRTB) manteve sua liderança entre bolsonaristas na corrida à Prefeitura de São Paulo e atingiu metade das intenções de voto nesse grupo, à frente do prefeito Ricardo Nunes (MDB). Já Guilherme Boulos (PSOL) seguiu liderando com folga entre petistas.

 

Pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta (5) mostra que, na última semana, Marçal variou positivamente de 46% para 50% entre os que se identificam com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Na semana passada, ele já havia ultrapassado Nunes nesse público, que agora oscilou de 26% para 28%.

 

 

Boulos, por sua vez, continua concentrando os eleitores que se sentem identificados com o PT de sua vice Marta Suplicy e do presidente Lula, mantendo os 45% nesse segmento. O restante dos petistas estão divididos: 18% vão para Nunes, 9% para Tabata Amaral (PSB) e outros 9% para o apresentador José Luiz Datena (PSDB).

 

As variações entre os dois últimos levantamentos ficaram todas dentro das margens de erro, que são de seis pontos percentuais entre bolsonaristas e quatro entre petistas, para baixo ou para cima.

 

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O Datafolha entrevistou pessoalmente 1.204 moradores da cidade nesta terça (3) e quarta-feira (4), com margem de erro geral de três pontos percentuais. A pesquisa, que tem nível de confiança de 95%, foi contratada pela Folha de S.Paulo e pela TV Globo, foi registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número SP-03608/2024.

 

Ela indicou novo empate técnico entre Boulos (23%), Marçal (22%) e Nunes (22%) na liderança.

 

 

Considerando os grupos de eleitores que votaram em Bolsonaro e em Lula em 2022, as tendências são as mesmas. Marçal variou positivamente de 44% para 48% entre os votantes do ex-presidente -novamente acima de Nunes, que oscilou de 30% para 31% -, e Boulos marcou 43% entre os votantes do atual presidente.

 

O autodenominado ex-coach também confirmou sua liderança entre os paulistanos que elegeram Tarcísio de Freitas (Republicanos), apesar das tentativas recentes do governador de reforçar seu apoio ao emedebista. Marçal passou de 41% para 45% nesse segmento na última semana, enquanto Nunes variou de 28% para 30%.

 

Boulos, novamente, lidera entre os que na ocasião votaram em Fernando Haddad (PT), hoje ministro da Fazenda. O psolista oscilou de 47% para 46% na última semana entre esse público.

 

Nesta quarta (4), a campanha de Nunes divulgou um vídeo de Tarcísio pedindo votos de conservadores para sua reeleição. Ele afirmou que o prefeito defende valores como a vida e é contra ideologia de gênero, e disse que "Marçal é a porta de entrada para Boulos", se referindo às sondagens de segundo turno.

 

 

Marçal então reagiu e escalou o conflito com com o governador. Questionado sobre a declaração durante sabatina Folha/UOL, ele declarou que, citando-o, Tarcísio enterrará sua carreira política. "Sua decisão de tocar no meu nome é errada porque isso vai manchar sua carreira política", afirmou.

 

O influenciador se referiu ao governador como uma "criatura feita pela transmissão de votos" de Bolsonaro e disse que Tarcísio terá "um problema [eleitoral] muito sério" em 2026 se continuar a atacá-lo. "Eu tenho representado essa frente do conservadorismo. Sou um representante forte aqui em São Paulo."