O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) discursou na manifestação de 7 de Setembro, neste sábado (7/9), subindo o tom contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O antigo chefe do Executivo reuniu milhares de apoiadores na Avenida Paulista, em São Paulo, para pedir o impeachment do magistrado, que, para ele, é pior do que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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Durante sua fala, Bolsonaro exaltou seu governo (2019-2022), afirmando que teve uma gestão técnica e competente. Contudo, ao lembrar das eleições de 2022 e suas consequências, afirmou que o processo foi conduzido de forma parcial por Moraes e pediu anistia aos presos do 8 de janeiro de 2023.
“Nosso Brasil é um país fantástico, mas devemos botar freio, por meio dos dispositivos constitucionais, naqueles que rompem os limites. Espero que o Senado Federal bote um freio em Alexandre de Moraes, esse ditador que faz mais mal ao Brasil que o próprio Luiz Inácio Lula da Silva”, disse.
O ex-presidente também demonstrou confiança em uma possível reversão da sua inelegibilidade, que vai até 2030. Por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Bolsonaro foi condenado duas vezes por abuso de poder.
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A primeira condenação foi em razão de uma reunião com embaixadores em 2022, quando na época fez uma série de ataques ao processo eleitoral, e a segunda, por um uso "político eleitoral" do feriado de 7 de Setembro.
“Tenho certeza que essas duas acusações estapafúrdias, sem razão, sem materialidade, serão conseguidas (anistias) por trabalho no Congresso Nacional. Quem tem de escolher seu futuro chefe é o povo brasileiro, e não um ministro no Tribunal Superior Eleitoral. Não podemos desistir do nosso Brasil”, afirmou.