Tabata Amaral (PSB) tem feito uma série de vídeos nas redes sociais associando Pablo Marçal (PRTB) ao crime organizado -  (crédito: Rovena Rosa/Agência Brasil)

Tabata Amaral (PSB) criticou a questão do voto útil em Guilherme Boulos (PSOL)

crédito: Rovena Rosa/Agência Brasil

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A candidata Tabata Amaral (PSB) tem criticado o voto útil, diz ser a única com chance de derrotar Ricardo Nunes (MDB) e Pablo Marçal (PRTB) em um eventual segundo turno e nega que aceitaria uma vaga em uma eventual gestão de Guilherme Boulos (PSOL) na Prefeitura de São Paulo.

 

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Além de vídeos no estilo "true crime", em que detalha as denúncias contra Marçal e a série sobre sua vida, Tabata tem apostado em lives com os seguidores em que fala sobre "uma proposta e uma polêmica". Nesta quinta-feira (13/9), a polêmica da vez foi sobre o voto útil em Boulos.

 

"Que voto útil é esse em que não tem a menor chance de ganhar no segundo turno porque a pessoa é rejeitada?", disse ela, que tem 8% de intenções de voto de acordo com o último Datafolha e aparece em quarto lugar na corrida eleitoral.

 

 

De acordo com o último Datafolha, divulgado na quinta-feira (12), Nunes e Boulos aparecem na liderança, com 27% e 25% das intenções de votos, respectivamente. Porém, nas simulações para segundo turno, a projeção é que o psolista seria derrotado pelo emedebista.

 

Durante reunião com o Grupo Mulheres do Brasil, na noite desta quinta, a deputada federal voltou a criticar o voto útil e citou que, de acordo com a pesquisa Atlas, ela é a única candidata capaz de derrotar Marçal e Nunes e que teria um empate técnico com Boulos.

 

Ela diz acreditar que seria capaz de vencer do psolista, uma vez que ele detém um alto índice de rejeição. "Se vierem com esse papo de voto útil, lembrem as pessoas que voto útil é aquele que te ajuda no segundo turno e voto inútil é aquele que você bota no segundo turno só para perder", afirmou.

 

Nesta semana, Tabata vem sendo questionada sobre quem ela deve apoiar no segundo turno, uma vez que as pesquisas de intenção de voto indicam uma estagnação na sua campanha. Ela se recusa a responder e costuma afirmar que acredita que ainda consegue avançar no segundo turno.

 

Em entrevista ao site O Antagonista, ela afirmou que não aceitaria algum cargo em uma eventual gestão de Boulos e afastou qualquer semelhança com Simone Tebet (MDB), que disputou as eleições presidenciais em 2022 e aceitou o cargo no governo Lula (PT), onde atua como ministra do Planejamento.

 

Na ocasião, ela afirmou que respeita Tebet, mas disse ser "independente demais". "Prezo demais pela minha independência para aceitar um cargo no governo e achar que é isso que vai ser a minha vida", disse. "Não vou abrir mão de nenhum princípio por causa de um cargo".

 

Tabata também afirmou que proibiu a equipe de manter conversas com seus adversários porque acredita que consegue ainda conquistar votos e ir para um segundo turno, mas não sabe quem encararia lá na frente.

 

"Sei que sou a azarona desta eleição, não tenho máquina, não tenho financiamento ilegal, espaço na TV. Entro como a candidata mais desconhecida, mas tinha convicção de que iríamos crescer. Não tem acordo com ninguém e não estou aqui para apoiar ninguém", declarou.

 

 

Ainda de acordo com o último Datafolha, a maioria dos eleitores de Tabata são mulheres ?10% do eleitorado feminino contra 7% do masculino. Por isso, a candidata tem apostado em um discurso para as mulheres tanto nas redes quanto nas agendas.

 

"Cada vez mais meu público é feminino. Estamos abraçando isso com toda alegria do mundo porque mulher tem mais juízo, é ela quem vai atrás do remédio para o marido, ela quem leva o filho para creche e é isso que estamos vendo na rua. As pessoas querem mudança, as mulheres impacto e quando [a gestão municipal está errada], a mulher que sentem o impacto".