Candidatos participaram de debate durante a manhã desta terça-feira (17/9) -  (crédito: UOL/Reprodução)

Candidatos participaram de debate durante a manhã desta terça-feira (17/9)

crédito: UOL/Reprodução

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Após o debate promovido pela TV Cultura ser mercado por agressão física e troca de ofensas verbais, o embate promovido pela Rede TV! e UOL, nesta terça-feira (17) retornou com o clima bélico entre os candidatos.

 

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A cadeirada em Marçal, ofensas entre os candidatos e xingamentos foram instaurados desde o começo. Logo no início, Pablo Marçal (PRTB) e Ricardo Nunes (MDB) receberam a primeira advertência após uma discussão acalorada.

 

 

Veja abaixo algumas frases do encontro

 

CADEIRADA

 

- José Luiz Datena

 

José Luiz Datena (PSDB) falou sobre o episódio de agressão em que ele arremessou uma cadeira em Pablo Marçal (PRTB). Em determinado momento, afirmou que não agrediria novamente o candidato.

 

"[Marçal] Me acusou de crise hediondo sem prova alguma, único jeito de falar com bandido condenado é a Justiça. Você vai responder na Justiça que proferiu para mim. Não vou partir para agressão com você porque não bato em covarde duas vezes. Eu me arrependo desse ato, mas muitos juristas já classificaram como legitima defesa da honra o que você fez contra mim" 

 

O apresentador afirmou que, na verdade, quem levou cadeirada foi ele por ter sido acusado por um crime hediondo, que foi arquivado.

 

"Cadeirada quem levou fui eu. Ter sido acusado de crime de hediondo que foi arquivado. Ele (Marçal) deveria ter sido internado no oitavo andar, que é a ala psiquiátrica" 

 

 

 - Pablo Marçal

 

Marçal chamou a agressão de Datena como uma "tentativa de homicídio" e afirmou que o adversário teve um comportamento "análogo a um orangotango".

 

"Ele teve comportamento análogo a um orangotango numa tentativa de homicídio contra mim. Queria agradecer a todos que não foram solidários a mim."

 

- Guilherme Boulos

 

Guilherme Boulos também comentou sobre a agressão durante o terceiro bloco do programa.

 

"Impressionante, você vive de mentiras. Você ataca, mente e, depois, toma cadeirada."

 

- Pablo Marçal

 

No primeiro bloco, Pablo Marçal (PRTB) chamou Ricardo Nunes (MDB) de "tchutchuca do PCC" e ambos receberam a primeira advertência.

 

"Tchutchuca do PCC. Você é o futuro ex-prefeito [de São PAulo]. Você usou a conta da sua esposa para receber dinheiro das creches. Você vai preso [Ricardo Nunes]. Vote em mim que eu prometo, vou colocar Ricardo Nunes na cadeia." 

 

O momento gerou uma discussão entre os candidatos. E Pablo Marçal alegou que foi ameaçado por Nunes.

 

"O Nunes falou que eu vou ver o 'Tchutchuca do PCC', está gravado, vou pedir para fazer o boletim de ocorrência porque ele me ameaçou aqui novamente hoje."  


- Marina Helena

 

Durante o segundo bloco, Tabata Amaral (PSB) e Marina Helena (Novo) trocaram farpas após a candidata do Novo insinuar que a deputada federal usou dinheiro público para pagar suas viagens para Recife a fim de visitar o namorado e prefeito João Campos (PSB).

 

"Eu sou contra a baixaria, mas a transparência é fundamental. Quantas viagem você ano passado para visitar seu namorado? quem pagou e de quem era esse avião?"

 

- Tabata Amaral

 

Tabata negou a informação e afirmou que a alegação de Marina "é um delírio". " Isso é um delírio. Com todo o respeito, aguarde o processo."


"Isso é um delírio. Eu nunca fiz nenhuma viagem de jatinho para visitar meu namorado e se você tá curiosa pelo meu relacionamento pessoal tem uma série no Youtube em que eu trago minha história e também meu relacionamento com o João. Aproveito o tempo para falar sobre um tema que é mais caro pra mim, que é educação em tempo integral."

 

- Guilherme Boulos

 

Guilherme Boulos (PSOL) foi questionado sobre a denúncia de rachadinha de André Janones (Avante-MG). Em pergunta, o jornalista relembrou que o psolista falou que Janones não poderia ser punido por caso que aconteceu há três anos.

 

Boulos disse que, na verdade, se refere a um critério que não foi ele quem inventou de que aquilo que aconteceu antes do mandato não poderia ser julgado na atual legislatura. Porém, disse que considera rachadinha "crime e pronto".

 

"Rachadinha para mim é crime e ponto. Se o Janones for condenado pela Justiça que pague, inclusive, o partido do Janones aqui em SP apoia o Nunes e não me apoia. Se eu for prefeito, eu vou combater a corrupção, se qualquer secretário meu fizer um mau feito será demitido, o que falta na atual administração" 

 

- Tabata Amaral

 

Tabata Amaral (PSB) falou sobre os processos que Pablo Marçal tem entrado contra ela e ironizou as ações partirem de alguém que se coloca como anti-censura.

 

"Dado que Pablo Marçal está pedindo direito de resposta aproveito para dizer que ele está me processando para tentar derrubar 4 vídeos que eu fiz, justo ele que é tanto contra a censura, pora expor a relação dele com o crime organizado. Não tenho medo desse marmanjo, já enfrentei gente muito mais perigosa que ele, não é ele que vai me calar. Antes que ele consiga com o dinheiro sujo dele derrubar os vídeos, vá lá e veja os vídeos"

  

- Ricardo Nunes

 

Durante o debate, Pablo Marçal (PRTB) reiterou diversas vezes que a esposa de Ricardo Nunes (MDB) registrou um boletim de ocorrência por violência doméstica. Também citou uma reportagem divulgada pela Folha, que mostrou que Regina Nunes teria dito ser "casada com bandida" com vizinhos, em 2014.

 

Nunes alegou que isso se trata de uma mentira.

 

"Há uns dias, ele [Marçal] me mandou uma mensagem falando: não se mexe com família, mandou Whatsapp paro Datena, como esse cara é dissimulado. O que ele tá citando é uma matéria sobre uma vaga de garagem no condomínio. Que já está provado, eu tenho áudio do síndico desmentindo porque uma pessoa disse em uma briga de garagem que minha esposa teria digo algo que é mentira."

 

- Pablo Marçal

 

Assim como nos outros embates, Marçal disse que gostaria de perguntar para "Boules", apelido que vem usado para chamar o candidato Guilherme Boulos (PSOL) e ironizado a linguagem neutra.

 

O apelido foi colocado após o uso de linguagem neutra na execução do Hino Nacional durante comício do candidato à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) no mês passado.

 

Ao chamá-lo de "Boules", Marçal foi advertido pela apresentadora Amanda Klein, que pediu para que não fossem usados apelidos ofensivos. Marçal retrucou.

 

"Amanda, você está conduzindo isso aqui muito bem, quero te parabenizar, mas existe um negócio chamado linguagem neutra. Isso não é pejorativo, ele defende isso."

 

- Guilherme Boulos

 

Durante o debate, candidatos como Ricardo Nunes e Datena afirmaram que receberam mensagens de Marçal, na tentativa de apaziguar as discussões. Guilherme Boulos afirmou que deve ter sido o único que não recebeu uma mensagem do autodenominado ex-coach.

 

"Eu queria registrar antes que eu sou o único que não recebeu zap do Pablo Marçal, graças a Deus, que se eu receber bloqueio na hora.[...] Eu tô na política porque eu acredito que é o instrumento para melhorar a vida das pessoas."

 

- Tabata Amaral

 

A candidata do PSB, Tabata Amaral, chamou debate de lamaçal e disse que houve um combinado entre adversários para que se atacassem e, assim, conquistassem o direito de resposta.

 

"Eu cheguei nesse debate tendo clareza que todos estão apostando nesse lamaçal, mas saio desse debate com a percepção de que todos combinaram de se atacar para ficar pedindo direito de resposta assim a gente ouve o que eles tem a dizer, que não é muita coisa, mas não houve uma proposta sequer"