Rogério Correia (PT) se encontrou com empresários dos setores de comércio e serviços  -  (crédito: Alexandre Carneiro/EM/D.A.Press)

Rogério Correia (PT) se encontrou com empresários dos setores de comércio e serviços

crédito: Alexandre Carneiro/EM/D.A.Press

O candidato do PT à Prefeitura de Belo Horizonte, Rogério Correia, cumpriu um compromisso de campanha na sede da Associação Comercial Empresarial de Minas Gerais (AC Minas) na tarde desta terça-feira (17/9). Ele estava acompanhado da deputada federal Jô Moraes (PCdoB). Durante o encontro, o postulante à cadeira municipal foi muito questionado sobre os efeitos da Reforma Tributária para o comércio e o setor de serviços. Em resposta, prometeu que, se eleito, criará uma comissão com empresários do setor para avaliar os efeitos da nova legislação. 

 

 

Em um aceno ao empresariado, Rogério Correia disse não querer aumento de carga tributária. O candidato petista também afirmou que "a ideia é fazer uma justiça tributária que não carregue, evidentemente nas costas de quem trabalha e do setor produtivo, com mais imposto; o setor produtivo é que gera emprego e renda". 

 

Rogério Correia ainda declarou: "não temos, evidentemente, nenhum preconceito com o setor empresarial. Pelo contrário, e sim um reconhecimento de quem gera emprego, de quem trabalha". "O Lula nunca fez nada que desagradasse ao setor empresarial. Pelo contrário, tem o maior respeito", acrescentou, incluindo o presidente da República, que o apoia. 

 

 

O candidato chegou a dizer que a Reforma Tributária pode, se for necessário, receber adequações até começar a vigorar. "Muitas coisas, nós podemos ajustá-la em Belo Horizonte ou nos municípios. E esses ajustes a gente quer fazer com vocês", pontuou. "Ela (a reforma) tem um período para entrar em execução. Ela não entra de imediato, exatamente para que nós pudéssemos fazer alguns testes", argumentou.

 

Ao mesmo tempo que reconheceu a possibilidade de fazer ajustes, o candidato manteve o apoio à reforma. "Queremos facilitar a cobrança de impostos, que é bom para o governo e é bom para quem paga também", ponderou. "A expectativa do Haddad é que nós vamos ter um crescimento, no Brasil, contínuo, durante uma década, pelo menos. Então, nós precisamos balizar isso com o que é a Reforma Tributária", concluiu.

 

 

O postulante do PT à prefeitura da capital mineira destacou ainda os bons resultados da economia do país ao longo dos últimos meses e vislumbrou um cenário ainda melhor no município. "Nós temos que preparar Belo Horizonte para o crescimento econômico. Se o Brasil cresce 3%, Belo Horizonte tem condições de crescer 4%, 4,5%, quem sabe até 5% ao ano", previu.

 

Rogério Correia aproveitou ainda para falar sobre outras propostas, que, segundo ele, favorecerão o setor de comércio e serviços. Entre as quais, ele se comprometeu a criar uma comissão para estudar o Código de Posturas da capital, de modo a permitir que os bares funcionem até mais tarde, estabelecer um novo contrato com as empresas de ônibus, com horário ampliado de funcionamento, aumentar o contingente da Guarda Municipal e criar de um parque nacional na área da Serra do Curral, para fomentar o turismo. 

 

Campanha também entre a população mais pobre

Ao final do encontro na AC Minas, Rogério Correia comentou com a reportagem sobre a estratégia para ganhar votos e, assim, tentar chegar ao segundo turno. Na última pesquisa Quaest, o candidato do PT apareceu em quinto lugar, com 5% das intenções de votos. Para ele, a resposta está na associação com o presidente Lula e também na conquista dos eleitores das classes D e E que, atualmente, declaram votos em Mauro Tramonte (Republicanos).

 

"O eleitor já começa a me identificar como o candidato do presidente Lula. O eleitor que fez o L quer fazer o L de novo", opinou. "O eleitorado do Tramonte é muito um eleitorado de vilas, favelas que, em geral, votou no Lula no segundo turno. O Tramonte é o candidato, hoje, que tem mais votos do eleitor do Lula no segundo turno. Então, esse eleitor, nós estamos disputando", concluiu.