Silvio Almeida foi demitido do Governo Federal após denúncias de assédio sexual -  (crédito: Getty Images)

Silvio Almeida foi demitido do Governo Federal após denúncias de assédio sexual

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O Governo Federal demitiu o secretário da Criança e do Adolescente, Cláudio Augusto Vieira da Silva, acusado de assédio moral por subordinados no Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania.

 

Cláudio, que era um dos principais assessores de Silvio Almeida — também demitido após denúncias de assédio — foi alvo de pelo menos 14 novas denúncias, a maioria delas feitas por mulheres.

 

 

A decisão de demissão foi publicada nesta quinta-feira (19/9) no Diário Oficial da União (DOU) e assinada pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT). A investigação sobre a conduta, inicialmente arquivada em janeiro, sob a gestão de Almeida, com a alegação de falta de materialidade, foi reaberta após o registro de novas queixas, após a nomeação de Macaé Evaristo como ministra dos Direitos Humanos.

 

Segundo o documento, incluído na pasta há 10 dias (em 9/9), as novas denúncias foram baseadas em relatos das vítimas, registros internos e mensagens trocadas com o secretário, que incluem ameaças de demissão, impedimento de mulheres de se pronunciarem em reuniões, tratamento de desprezo e críticas sobre a vida privada dos servidores. A maioria das vítimas de assédio moral é formada por mulheres.

 

O agora ex-secretário, segundo a denúncia, já criticou e fez piadas sobre gravidez no trabalho e se apropriou de ideias de mulheres subordinadas a ele sem creditá-las. O documento afirma ainda que, além de privilegiar alguns de seus funcionários, Cláudio atuaria para segregar, constranger, desmerecer e exercer controle excessivo sobre quem ele assediava, desqualificando profissionais e fazendo cobranças vexatórias, exageradas, desproporcionais ou agressivas.

 

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"Tais ações têm sido tratadas como 'brincadeiras' e 'modo de gestão'. Nesse sentido, é importante afirmar que não se tratam nem de brincadeiras nem de estilo de gestão, mas sim de práticas de assédio moral no ambiente de trabalho", diz a denúncia.

 

Na reabertura da investigação, a pasta afirmou, em nota, que "Macaé Evaristo defende que todas as denúncias sejam apuradas com rigor, garantindo o amplo direito de defesa e o sigilo, principalmente das vítimas".