Renata Rosa é contadora por formação, mas desde 2002, quando sofreu um acidente que a deixou paraplégica, se dedica a atuar na proteção dos direitos das pessoas com deficiência -  (crédito: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)

Renata Rosa é contadora por formação, mas, desde 2002, quando sofreu um acidente que a deixou paraplégica, se dedica a atuar na proteção dos direitos das pessoas com deficiência

crédito: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press

A candidata a vice-prefeita de Belo Horizonte Renata Rosa, que integra a chapa de Carlos Viana, ambos pelo Podemos, afirmou, durante a sabatina do Estado de Minas e Portal Uai, nesta sexta-feira (20/09), que irá priorizar pessoas com deficiência em políticas de habitação na capital mineira, caso seja eleita. Questionada sobre acessibilidade nas periferias, sinalizou que uma opção para resolver a questão seria retirar pessoas com restrições de mobilidade de vilas e favelas. 

 

 

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“O cadeirante que mora na periferia, dependendo, tem que mudar de onde mora. Onde as escadarias serão implantadas, não tem condições de o cadeirante acessar porque é muito íngreme”, aponta a candidata. 

 

 

No plano de governo de Viana e Renata Rosa enviado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) está prevista a construção de escadas nas periferias da capital para melhorar a mobilidade dos moradores, no entanto, segundo a candidata, viabilizar elevadores para cadeirantes, como em países mais desenvolvidos, ainda é uma “utopia”. 

 


“Tem que ter uma política pública para ver onde moram cadeirantes e ver se consegue mover eles para outro lugar. Porque a pessoa precisa sair de casa, mas não não tem condições porque é muito íngreme e precisa ter escada, não aceita uma rampa. Poderíamos colocar pessoas com deficiência em planos de habitação. A pessoa precisa de mobilidade, se ela está presa no local que ela mora, tem que ter prioridade no movimento de habitação”, detalha. 

 

 

 


As propostas apresentadas pela chapa à corte eleitoral, disponíveis no portal do TSE, mencionam a palavra “acessibilidade” uma única vez.  O termo “PCD”, “pessoas com deficiência” e “doenças raras”, bandeiras de Renata Rosa, não são citados no documento. A candidata a vice-prefeita informou durante a entrevista que o plano já foi atualizado com propostas que englobam esse público. 


 

Renata Rosa é contadora por formação, mas, desde 2002, quando sofreu um acidente que a deixou paraplégica, se dedica a atuar na proteção dos direitos das pessoas com deficiência. Em 2015, participou ativamente, em Brasília, da Comissão que elaborou o Estatuto da Pessoa com Deficiência.