Imagens mostram quando Nahuel Gomez Medina, videomaker de Marçal, desfere um soco no rosto de Duda Lima -  (crédito: Reprodução/Redes sociais)

Imagens mostram quando Nahuel Gomez Medina, videomaker de Marçal, desfere um soco no rosto de Duda Lima

crédito: Reprodução/Redes sociais

Após prestar depoimento à polícia sobre agressão em debate entre candidatos à Prefeitura de São Paulo nessa segunda (24), o cinegrafista Nahuel Medina, que integra a equipe de Pablo Marçal (PRTB), afirmou que o marqueteiro de Ricardo Nunes (MDB), Duda Lima, foi quem o provocou primeiro.

 

Ele disse que Duda xingava o autodenominado ex-coach e tentava "passar um código" para o prefeito.

 

 

Nahuel não especificou que tipo de código ele se refere, mas alega que, quando viu a cena, começou a filmar para mostrar como os "marqueteiros agem pelas costas e como eles criam toda essa narrativa e manipulam tudo". Neste momento, Duda teria pegado seu celular e se afastado.

 

Ele alega que, de forma instintiva, deferiu um soco em Duda. Nahuel diz ainda que também registrou um boletim de ocorrência contra Duda, pois foi quem sofreu a agressão primeiramente - a delegacia não confirmou a informação.

 

 

"O que eu fiz foi só me defender. Eu tô aqui [na delegacia] agora, mas talvez eu estivesse em casa se tivesse usado uma cadeira igual aconteceu com o [José Luiz] Datena [que jogou uma cadeira em Marçal no debate promovido pela TV Cultura]."

 

Nahuel ainda afirmou que o episódio não impacta a campanha de Marçal e disse que o influenciador "já é o prefeito [de São Paulo], se quiserem aceitar ou não" e voltou a dizer palavras usadas pelo ex-coach, como "não vai ter segundo turno".

 

Assim que saiu do debate, Ricardo Nunes acompanhou Duda até a delegacia. Lá, o marqueteiro se sentiu mal e foi para o hospital, onde o prefeito também esteve com ele. Após a passagem pelo hospital, Duda retornou à delegacia sem Nunes.

 

 

Duda deixou o local cerca de uma hora antes e preferiu não falar com a imprensa. Com o rosto machucado e com pontos na região dos olhos, ele passou parte da noite no hospital Albert Einstein, onde foi submetido a uma série de exames.

 

O advogado Daniel Bialski classificou a agressão como "selvageria". Ele afirma que as testemunhas do episódio confirmaram que, neste caso, há uma vítima e um agressor - neste caso, Duda é a vítima que foi agredida por Nahuel.

 

"Não tem nenhuma justificativa", diz o advogado, que reclama da falta de civilidade da equipe do adversário. Ele diz que o episódio foi denunciado como lesão corporal leve, pois ainda faltam exames complementares e existe a possibilidade de Duda ter lesionado a visão.

 

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O advogado lamenta que episódios como este não resultem em prisão. "Em casos como esse, Justiça determina que seja lavrado um termo circunstanciado, que foi o que foi feito", diz o advogado. Além do agressor e da vítima, testemunhas foram ouvidas e a delegada de polícia faz relatório sobre o caso, que precisa ser encaminhado ao judiciário.

 

Sobre a alegação da equipe de Marçal, que afirma que também registrou um boletim de ocorrência, Bialski diz que, se isso tiver sido realizado, a equipe terá cometido mais um crime de falsa comunicação de crime de denunciação. "O Eduardo é a vítima", repetiu ele.