Alvo de um soco que levou a interrupção do oitavo debate entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo, o marqueteiro Duda Lima é responsável pela estratégia de comunicação e propaganda eleitoral do candidato Ricardo Nunes (MDB).
Nessa segunda-feira (23), ele foi agredido por Nahuel Medina, assessor que grava vídeos para Pablo Marçal (PRTB), após o influenciador ser expulso do evento organizado pelo canal de YouTube Flow.
Duda Lima foi uma indicação de Valdemar da Costa Neto, presidente do PL e aliado de Nunes na disputa pela reeleição. O marqueteiro trabalhou em campanhas eleitores do partido do interior de São Paulo.
Em 2022, foi escalado por Valdemar para coordenar a propaganda eleitoral de Jair Bolsonaro (PL). Na campanha do ex-presidente ficou responsável pela produção do material divulgado na televisão e no rádio. O conteúdo das redes sociais era coordenado pelo filho de Bolsonaro, Carlos, e o publicitário Sérgio Lima.
Tido como indicação de Valdemar, Duda Lima era visto com desconfiança pela ala mais bolsonarista da campanha, que esteve na eleição de 2018. Resistiu à pressão e produziu até o final da disputa o horário eleitoral.
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Em 2023, o marqueteiro começou a trabalhar com o atual prefeito de São Paulo, já no planejamento da campanha de reeleição. O acerto com o profissional foi visto com um aceno ao presidente do PL, partido de Bolsonaro.
A aliança com a sigla de Valdemar permitiu a Nunes ter o maior tempo de televisão, mais de 60% do espaço destinado aos candidatos, e se apresentar como o nome de Bolsonaro na capital paulista.
O segundo ponto foi alvo de disputa desde o início da campanha com Marçal, que conseguiu captar um parte do eleitorado do ex-presidente na cidade.
À frente da propaganda no rádio e na TV, Duda Lima produziu uma série de propagandas que mostraram o histórico de problemas na Justiça enfrentados por Marçal. Numa deles, uma delegada de São Paulo foi chamada para explicar uma condenação do influenciador.
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Após uma semana de exposição negativa de Marçal no horário eleitoral de Nunes, o influenciador viu sua rejeição chegar a 47%, segundo pesquisa Datafolha.