Presidente Lula (PT) em discurso de abertura da 79ª Assembleia Geral da ONU -  (crédito: Reprodução/ONU)

Presidente Lula (PT) em discurso de abertura da 79ª Assembleia Geral da ONU

crédito: Reprodução/ONU

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que está comprometido em lutar contra quem lucra com a degradação ambiental, mas que não terceiriza a responsabilidade do combate aos incêndios florestais. Ele ainda disse que “2024 caminha para ser o ano mais quente da história moderna”, enfatizando a gravidade da crise climática e destacando os desastres naturais que já impactam diversas regiões do mundo.

 

As afirmações foram feitas em discurso de abertura da 79ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), em Nova York, Estados Unidos, na manhã desta terça-feira (24/9).

 

 

“O negacionismo sucumbe ante as evidências do aquecimento global”, declarou Lula, ao mencionar furacões no Caribe, tufões na Ásia e secas na África. Ele também citou a recente enchente no sul do Brasil, que foi a maior desde 1941, e a “pior estiagem em 45 anos” que a Amazônia está enfrentando, sublinhando a urgência climática.

 

 

No entanto, o presidente ressaltou que seu governo não irá “terceirizar responsabilidades” e que está comprometido em combater os crimes ambientais. Ele destacou a redução do desmatamento na Amazônia em 50% no último ano, afirmando: “Vamos erradicar o desmatamento até 2030”.

 

Lula também insistiu na importância de ouvir “os povos indígenas e as comunidades tradicionais” ao buscar soluções para as florestas tropicais: “Não é mais admissível pensar em soluções sem ouvir os povos indígenas, comunidades tradicionais e todos aqueles que vivem nelas”.

 

 

No discurso, o presidente também mencionou o papel do Brasil como líder na transição energética, destacando que “90% da nossa eletricidade provém de fontes renováveis” e reafirmou expectativas para a COP-30, que o Brasil sediará em 2025.

 

Segundo ele, a Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) do Brasil será apresentada ainda este ano, alinhada ao objetivo de “limitar o aumento da temperatura do planeta a um grau e meio”. Para ele, o Brasil como um “celeiro de oportunidades” em um mundo em transformação, além de que “o multilateralismo é o único caminho para superar a urgência climática”.

 

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Além disso, Lula afirmou que seu governo está na vanguarda em áreas como a produção de hidrogênio verde e que “é hora de enfrentar o debate sobre o ritmo lento da descarbonização do planeta”. Ele enfatizou a necessidade de trabalhar por uma economia “menos dependente de combustíveis fósseis”.

 

Por fim, Lula reinterou que o Brasil está comprometido em “lutar contra quem lucra com a degradação ambiental” e que sua administração “não abdica da sua soberania”