Luisa Barreto esteve nos estúdios do EM para sabatina em parceria com o Portal Uai -  (crédito: EDESIO FERREIRA/EM/DAPRESS)

Luisa Barreto esteve nos estúdios do EM para sabatina em parceria com o Portal Uai

crédito: EDESIO FERREIRA/EM/DAPRESS

Luisa Barreto (Novo), candidata a vice na chapa de Mauro Tramonte (Republicanos), defendeu que os contratos de ônibus em Belo Horizonte sejam uma prioridade, caso a chapa seja eleita. Segundo ela, o contrato atual é "muito ruim" e "desrespeitado diariamente". Apesar disso, a ex-secretária defendeu que o contrato não seja interrompido de imediato.

 

"Estamos falando de um contrato muito ruim, firmado em 2008, durante a gestão do Pimentel, e que vai até 2028. O próximo prefeito, que espero seja o Mauro Tramonte, e eu, como sua vice, assumiremos em 2025. Por que alguém interromperia o contrato sem ter algo melhor no lugar? Se você cancela o contrato, o que entra no lugar? Vai deixar a população sem ônibus? Isso não existe. O que precisamos é de uma postura firme em relação ao atual contrato, que é desrespeitado diariamente. As viagens não são cumpridas, e a qualidade dos ônibus deixa muito a desejar. Todo mundo sabe disso", afirmou.

Segundo Luisa, os ônibus estão quebrados, atrasados, e os sistemas de ar-condicionado não funcionam. "Precisamos tratar esse contrato com rigor, algo que não tem acontecido. Além disso, é fundamental começar a planejar o próximo contrato, que será crucial para o transporte público e a mobilidade urbana de Belo Horizonte pelos próximos 20 anos. Esse processo não acontece da noite para o dia", explicou.

 

"A partir de 2025, já devemos iniciar os estudos para elaborar esse contrato, com planejamento para os anos de 2025, 2026, e, em 2027, iniciar o processo de concessão e licitação. O objetivo é que, em 2028, o novo contrato esteja em vigor e já apresentando resultados", continuou.

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Para Luisa, esse é um processo de planejamento que ocupará uma gestão inteira. "O contrato atual não foi pensado para uma cidade em expansão, e esperamos que, nos próximos 20 anos, Belo Horizonte volte a crescer e se desenvolver. A cidade vai mudar, e o contrato precisa acompanhar essa mudança."

"Precisamos também de um contrato que atenda às realidades locais. É triste ver um ônibus circulando nas favelas com o mesmo modelo que passa pelas grandes avenidas. Muitas vezes, o ônibus não consegue passar dentro do morro, mas não existe uma alternativa, como ônibus menores e mais adequados. São detalhes importantes que precisam ser ajustados, mas o contrato atual impede avanços, como a implementação de outros modais de transporte, como o veículo leve sobre trilhos (VLT)", acrescentou.

Prazo

Questionada se mudanças menores em áreas mais difíceis não poderiam ser feitas antes de 2028, Luisa afirmou que sim, essas melhorias serão implementadas caso Tramonte vença a eleição. "Podemos implementar melhorias sem esperar até 2028. Temos, por exemplo, os ônibus suplementares, que são cerca de 200 concessões individuais, originadas da transição dos antigos perueiros que operavam com vans na cidade. Isso não é um sistema planejado adequadamente, mas mostra que há flexibilidade para mudanças."

"Dentro do contrato atual, a mesma empresa pode operar diferentes tipos de ônibus, em dimensões variadas. Podemos, por exemplo, criar uma lógica tarifária em que o passageiro utilize ônibus maiores para chegar a um ponto e, a partir dali, pegue ônibus menores para acessar áreas de difícil mobilidade, sem custo adicional. Isso é perfeitamente viável, com inteligência e planejamento", explicou.

Luisa também criticou a forma como o contrato foi elaborado. "Às vezes, parece que quem desenha esses contratos não frequenta a cidade, não conhece a realidade de quem vive aqui. Por isso, o que temos feito – e continuaremos a fazer – é percorrer toda Belo Horizonte. O planejamento eficiente só acontece quando você conhece a cidade e ouve as necessidades das pessoas em cada uma das nove regionais. E é isso que vamos garantir: um planejamento que atenda à realidade da população, e não apenas ideias elaboradas dentro do gabinete."

Desde a última semana, oEstado de Minasjá entrevistou cinco candidatos à vice-prefeitura de Belo Horizonte. A série começou com Álvaro Damião (União Brasil), vice de Fuad Noman (PSD) e seguiu com Coronel Cláudia (PL), companheira de chapa de Bruno Engler (PL); Francisco Foureaux (PDT), que disputa ao lado de Duda Salabert (PDT); Paulo Brant (PSB), parceiro de Gabriel Azevedo (MDB);Renata Rosa (Podemos), que disputa o pleito com Carlos Viana (Podemos) e Andréa Carla Ferreira(PSTU), vice de Wanderson Rocha (PSTU).

 

Agenda de sabatinas

25/9 - Geraldo Neres (UP), vice de Indira Xavier

26/9 - Bella Gonçalves (Psol), vice de Rogério Correia (PT)

27/9 - Marília Garcia (PCO), vice de Lourdes Francisco (PCO)