Bella Gonçalves (Psol) esteve nos estúdios do EM para sabatina em parceria com o Portal Uai -  (crédito: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)

Bella Gonçalves (Psol) esteve nos estúdios do EM para sabatina em parceria com o Portal Uai

crédito: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press

Bella Gonçalves (PSOL), vice de Rogério Correia (PT) na corrida pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), fez uma contundente defesa à Serra do Curral, propondo a criação de um parque na região. A deputada estadual não poupou críticas ao governador Romeu Zema (Novo), a quem chamou de “roedor de montanhas”. A declaração foi feita durante a sabatina do jornal Estado de Minas em parceria com o Portal Uai.

 

 

Siga nosso canal no WhatsApp e receba em primeira mão notícias relevantes para o seu dia

 

Questionada sobre seu trabalho em prol da Serra do Curral, Bella relembrou que foi autora da Lei de Segurança Hídrica em Belo Horizonte e propôs a CPI das Águas e Barragens. A parlamentar tem alertado que a capital pode perder o abastecimento de água caso a mineração continue.

 

“Essa CPI mostrou que Belo Horizonte pode ficar sem água do dia para a noite. O Rio das Velhas, que abastece 70% da cidade, já está superestressado por atividades de mineração. Se qualquer barragem de rejeitos romper, Belo Horizonte ficará sem água. Onde buscaremos água? Nos nossos aquíferos. A Serra do Curral é um aquífero gigantesco. Não podemos permitir que a mineração ali seque nossa possibilidade de ter água no futuro. Além disso, ela é nosso cartão postal e nossa identidade”, disse.

 

Segundo Bella, minerar na Serra “é como minerar o Pão de Açúcar”. “É como, sei lá, jogar pedra na Torre Eiffel. A Serra do Curral é o símbolo da bandeira de Belo Horizonte, e, por isso, não podemos vê-la desabando. As pessoas dizem: ‘Ah, mas a mineração acontece só do lado de trás.’ Não, isso não é verdade”, afirmou.

 

“Quem observa a silhueta da Serra do Curral vê que ela já desabou. Já desabou, inclusive, na área onde está a mineradora Empabra, que recentemente tentou operar à força, mas é uma mineradora pirata, ilegal, que afirma que fará recuperação ambiental, mas apenas degradou o meio ambiente. Tenho lutado para que acabemos com toda a mineração ali e construamos o Parque Nacional da Serra do Curral. Esse processo é viável, mas depende do voto do eleitor em quem, de fato, vai levar isso adiante”, continuou.

 

Governo Zema

 

A deputada lembrou que muitas cidades passam pelo local e que isso deve ser um esforço conjunto de toda Minas Gerais. Por isso, em sua fala, lamentou as movimentações de Zema para barrar iniciativas em prol da Serra do Curral.

 

“Nesse caso, a preponderância deve ser do governo federal, porque sabemos que o governo estadual não quer o parque da Serra do Curral. O governador Zema, por exemplo, recebe dinheiro de mineradoras em suas campanhas políticas. Ele é absolutamente aliado à FIEMG e, atualmente, está a serviço dos interesses das mineradoras. Zema é assim: um roedor de montanhas. Portanto, precisaremos do apoio do governo federal”, concluiu.

 

Sabatinas

 

Desde a última semana, o Estado de Minas já entrevistou cinco candidatos à vice-prefeitura de Belo Horizonte. A série começou com Álvaro Damião (União Brasil), vice de Fuad Noman (PSD), e seguiu com Coronel Cláudia (PL), companheira de chapa de Bruno Engler (PL); Francisco Foureaux (PDT), que disputa ao lado de Duda Salabert (PDT); Paulo Brant (PSB), parceiro de Gabriel Azevedo (MDB); Renata Rosa (Podemos), que disputa o pleito com Carlos Viana (Podemos), e Andréa Carla Ferreira (PSTU), vice de Wanderson Rocha (PSTU), Luisa Barreto (Novo), vice de Mauro Tramonte (Republicanos), e Geraldo Neres (UP), vice de Indira Xavier.