José Luiz Datena (PSDB) e Ricardo Nunes (MDB)
 -  (crédito: ReproduçãoTV Record)

José Luiz Datena (PSDB) e Ricardo Nunes (MDB)

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O candidato à Prefeitura de São Paulo José Luiz Datena (PSDB) foi chamado de destemperado durante pergunta da jornalista, e não gostou. Ele ainda usou a oportunidade para afirmar que destemperado é o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB). A afirmação foi feita durante debate eleitoral da TV Record, realizado neste sábado (28/9).

 

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“Quanto à sua colocação de destempero, me desculpe, eu vou respeitar a democracia do povo, e vou responder na maior fineza possível. Se você fosse chamada, pelas palavras que eu fui chamado aqui, de uma maneira lamentável, por crimes que eu jamais respondi, e como disse o Ricardo, eu também não fui indiciado e nem condenado por nada. Eu não sei qual seria a sua reação”, declarou o ex-apresentador durante sua resposta para a jornalista.

 

 

Segundo Datena, se atacarem o povo de São Paulo de uma maneira brutal, a cidade terá sua defesa com sua coragem. “Não é destempero, eu apenas me defendi. E eu não quero levar esse caso a frente aqui. Isso será discutido na justiça. Porque eu prometi a quem está assistindo o debate, que eu não vou falar disso aqui. Vocês querem que haja uma campanha democrática, e tentam criar situações que não são democráticas. Eu estou respondendo dentro daquilo que prometi, eu quero manter o nível até o fim do debate”, pontuou.

 

 

Após Nunes também chamar o adversário de destemperado e de uma pessoa sem equilíbrio emocional, o candidato do PSDB disse que destempero é deixar de fazer várias coisas pela população. “Você sabe o que eu acho engraçado? Destempero é não dar segurança neste tempo todo, que ele [Ricardo Nunes] está como prefeito. Destempero é não dar saúde, educação, alimentação. Destempero é deixar as pessoas na rua. Isso é destempero. E ele não respondeu a quase nenhuma pergunta que lhe foi dirigida até agora. Isso é destempero total. Não cuidar do povo, é o pior destempero que existe”, afirmou.

 

Datafolha em São Paulo


Pesquisa Datafolha divulgada na quinta-feira (26/9) mostrou cenário de estabilidade na disputa pelo cargo de prefeito de São Paulo. Ricardo Nunes (MDB), com 27% das intenções de voto, e Guilherme Boulos (PSOL), 25%, lideram a corrida eleitoral.


Pablo Marçal (PRTB) manteve o terceiro lugar, com 21%, agora colado em Boulos. O deputado do PSOL pontua no limite máximo da margem de erro em relação a Marçal, quando um empate é considerado improvável. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.


No segundo pelotão da pesquisa, o jogo também está estável. Tabata Amaral (PSB) marcou 9%, contra 6% de José Luiz Datena (PSDB), em empate técnico. Na rodada anterior, eles tinham 8% e 6%, respectivamente. Marina Helena (Novo) tem 2% (eram 3% na anterior).


Declaram voto branco ou nulo 6%, e não responderam 3%, exatamente como na pesquisa anterior.


O Datafolha entrevistou 1.610 eleitores paulistanos de terça-feira (24) até esta quinta (26). Encomendado pela Folha de S.Paulo, o levantamento está registrado na Justiça Eleitoral sob o código SP-06090/2024.


Eleição marcada pela violência


No dia 15 de setembro, durante debate realizado pela TV Cultura, Datena atingiu Marçal com uma cadeira após o empresário fazer uma série de provocações contra o apresentador de TV, incluindo insinuações a respeito de uma acusação de assédio sexual, que foi arquivada pela Justiça.


Por conta da cadeirada, Marçal pede, na Justiça, indenização de R$ 100 mil por danos morais


No dia 23 de setembro, um assessor do candidato Pablo Marçal acertou um soco em um integrante da campanha do prefeito Ricardo Nunes durante debate promovido pelo grupo Flow Podcast.


A confusão entre dois membros das equipes dos candidatos a prefeito de São Paulo ocorreu já no fim do debate e o caso foi parar na delegacia.