O primeiro turno das eleições municipais se avizinha e, à medida que o domingo se aproxima, um dos poucos palpites tranquilos em Belo Horizonte é a de que esta não será a única visita às urnas neste ano. Com as pesquisas apontando um segundo turno inevitável, o Instituto Opus fez um levantamento sob demanda do Estado de Minas para mensurar cinco possíveis cenários de embates duplos para o Executivo da capital.
O Opus levou a pesquisa a campo entre 25 e 27 de setembro e mostra que o deputado estadual Mauro Tramonte (Republicanos) manteve a vitória sobre seus adversários mais próximos em possíveis embates de segundo turno, mas a vantagem do parlamentar se reduziu em todas as projeções.
Tramonte lidera as intenções de voto no primeiro turno com 25% das respostas e é seguido pelo deputado estadual Bruno Engler (PL), que tem 20% e está tecnicamente empatado com o colega de Assembleia Legislativa (ALMG) dentro da margem de erro de 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos.
O primeiro cenário de segundo turno projetado na pesquisa tem Tramonte batendo Engler por 46% a 32% dos votos, com 10% de indecisos e 12% afirmando que anulariam ou votariam em branco. Embora mantenha a vitória, a vantagem entre os dois diminuiu em comparação com levantamento feito pelo Opus entre 13 e 15 de agosto. À época, o candidato do Republicanos foi escolhido por 50% dos perguntados ante 18% do nome do PL.
Fuad Noman (PSD) tem 18% das intenções de voto no 1º turno e também está tecnicamente empatado, no limite da margem de erro, com os primeiros colocados. Num cenário de 2º turno projetado pela pesquisa Opus/EM entre o atual prefeito e Tramonte, o deputado estadual leva a melhor por 42% a 35%, o que indica outro empate técnico. Perguntados sobre esta disputa, 12% dos entrevistados afirmaram votar branco ou nulo e 11% não souberam responder.
O hipotético embate entre o deputado estadual e o prefeito também revela uma redução na vantagem de Tramonte em comparação com a pesquisa feita no mês passado. Em agosto, o cenário tinha uma vitória do candidato do Republicanos com 52% dos votos ante 17% de Fuad, uma margem de 35 pontos percentuais encurtada para apenas 7.
Caso o segundo turno tenha Fuad e Engler na disputa, se repete o cenário de empate técnico, de acordo com o levantamento. A pesquisa mostra o prefeito vencendo o deputado por 38% a 36%, com 14% de indecisos e 13% de entrevistados afirmando que votariam em branco ou anulariam o voto.
Assim como contra Tramonte, o embate projetado com Engler para o segundo turno mostra um grande crescimento de Fuad Noman. Na pesquisa Opus/EM de agosto, esta disputa tinha 35% de indecisos, 31% afirmando que escolheriam o deputado estadual e só 20% manifestando predileção pelo atual prefeito de BH.
A pesquisa do Instituto Opus ouviu 800 eleitores belo-horizontinos entre os dias 25 e 27 de setembro. O intervalo de confiança do levantamento é de 95%, com margem de erro de 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos. O estudo foi registrado na Justiça Eleitoral sob o protocolo MG-05372/2024.
Duda cresce, mas segue atrás
A pesquisa levada a campo pela Opus entre 25 e 27 de setembro também incluiu dois cenários de segundo turno em que a deputada federal Duda Salabert (PDT) disputa contra Mauro Tramonte e Bruno Engler. Em ambos, a parlamentar teve menos intenção de voto que seu oponente, mas cresceu em comparação com o levantamento anterior.
Uma eventual disputa entre Tramonte e Duda no segundo turno teve o deputado estadual com 56% das intenções de voto, ante 20% da deputada federal. Votos em branco ou nulos somam 14% e 10% dos entrevistados não souberam responder. Na pesquisa de agosto, a vitória do nome do Republicanos era de 55% a 14%.
Num cenário de segundo turno entre Engler e Duda, o parlamentar bolsonarista foi escolhido por 44% dos entrevistados contra 26% da pedetista. Outros 17% anulariam ou votariam em branco e 14% estão indecisos. Em agosto, os indecisos lideravam o cenário de segundo turno entre Duda e Engler, com 35% das respostas. O deputado do PL vinha na sequência com 32%, a deputada federal tinha 19% e 14% responderam que votariam em branco ou anulariam a escolha nas urnas. n