Em uma manobra estratégica para impulsionar as campanhas de seus candidatos, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vão desembarcar em Belo Horizonte nos próximos dias. Bolsonaro chegará à capital mineira na quinta-feira, 5 de setembro, para reforçar a candidatura de Bruno Engler (PL). Lula, ainda avaliando a melhor data, deve marcar presença em 14 de setembro para consolidar o apoio a Rogério Correia (PT).

 

 

O evento de campanha dos bolsonaristas está agendado para as 20h no BeFly Hall (antigo Chevrolet Hall), na Savassi. Além de Bolsonaro, o comício contará com a presença do deputado federal Nikolas Ferreira (PL) e do senador Cleitinho (Republicanos).

 




“Em Belo Horizonte, Bolsonaro venceu os quatro turnos que disputou, em 2018 e 2022. Seu apoio é fundamental para nossa campanha. Eleitores que já o apoiaram perceberão em nossa chapa uma candidatura que compartilha os mesmos valores e princípios”, afirmou Bruno Engler em um vídeo nas redes sociais, convidando eleitores para o evento. Engler também destacou Bolsonaro como o “maior nome da direita no país”.

 

 

O ex-presidente tem participado dos programas eleitorais, que começaram na sexta-feira. Em um deles, Engler decidiu reciclar um jingle da campanha de Bolsonaro. O “Capitão do Povo”, que foi utilizado nas agendas de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022, ganhou nova letra – mantendo a mesma melodia – para a campanha do deputado estadual.

 

Do lado petista, a visita de Luiz Inácio Lula da Silva ainda não foi confirmada oficialmente. Espera-se que Lula desembarque em Belo Horizonte na próxima semana, conforme fontes próximas ao partido. A data ainda está pendente de confirmação devido a ajustes na agenda do presidente.

 

 

Se confirmada, a visita de Lula servirá para fortalecer a candidatura de Rogério Correia, cuja campanha está ansiosa para capitalizar sobre o prestígio e a influência do líder petista. A ideia é realizar um comício na Praça Tiradentes, na Savassi, local onde Lula esteve em 2022 com Chico Buarque, lideranças políticas e apoiadores para pedir votos durante o segundo turno.

 

Até o momento, Lula ainda não apareceu ao lado de Correia, o que, segundo a oposição, reforçaria uma percepção de desinteresse do ex-presidente por BH. Enquanto isso, nos horários eleitorais, o deputado federal promete que o chefe do Executivo federal irá aparecer. Além de Lula, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também deve gravar propaganda eleitoral.

 

Influência nos votos

Pesquisa Datafolha divulgada na sexta-feira mostra a influência atual de Lula e Bolsonaro na disputa por BH. Na capital, a maioria (55%) não votaria de jeito nenhum em um candidato a prefeito apoiado por Bolsonaro – índice menor ao registrado em julho, quando a rejeição era de 60%. Outros 24% disseram com certeza que votariam em um nome apadrinhado por ele (eram 22%). Já 19% talvez votassem em um aliado do ex-presidente e 2% não opinaram.

 

 

Com índice estável, 53% rejeitam votar em um candidato apoiado por Lula, e 23% com certeza optariam por essa candidatura (eram 22%), segundo a pesquisa. Há 21% que talvez optassem por um nome associado ao atual presidente (eram 23%), e outros 3% não opinaram ou preferiram não escolher nenhuma das alternativas apresentadas. Os levantamentos, encomendados pela Folha de S.Paulo e pela TV Globo, são os primeiros desde o início da campanha eleitoral, em 16 de agosto.

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