Em agenda na Feira dos Produtores na manhã desta quarta-feira (4/9), a candidata do PDT à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), Duda Salabert, criticou o adversário do PL, Bruno Engler, afirmando que a “picaretagem eleitoral” é uma marca do partido.
A declaração vem logo após a decisão da Justiça Eleitoral de suspender uma peça de campanha em que Bolsonaro aparece convocando apoiadores para um evento com Engler e Nikolas Ferreira nesta quinta-feira (5/9).
Siga nosso canal no WhatsApp e receba em primeira mão notícias relevantes para o seu dia
“Ele está agindo como um picareta, acha que pode qualquer coisa no processo eleitoral, e isso é muito perigoso para Belo Horizonte”, declarou ela.
A candidata também afirmou que o país já passou pela experiência de ter um líder do Executivo que não respeitava o Judiciário, as instituições e os jornalistas, e que a cidade corre o risco de passar pelo mesmo em escala municipal.
“Bruno Engler está fazendo um termômetro de como ele lida com o Judiciário, desrespeitando a legislação eleitoral. Nós não vamos aceitar qualquer tipo de picaretagem eleitoral, que é marca do partido dele”, complementou.
Justiça Eleitoral
No último domingo (1/9), o juiz Guilherme Sadi, da Comissão de Propaganda Eleitoral do Tribunal Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG), suspendeu inserções em campanhas de dois candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte por desrespeitarem a legislação eleitoral que prevê que pessoas apoiadoras ocupem até 25% do tempo de cada peça: Bruno Engler (PL) e Rogério Correia (PT).
As inserções em questão mostram o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o presidente Lula (PT) declarando apoio aos seus candidatos em Belo Horizonte. Na primeira, Bolsonaro, ao lado de Engler, convida os eleitores para o evento na quinta-feira (5/9), enquanto Lula aparece sozinho pedindo votos para Correia.
A liminar foi concedida após acionamentos do adversário Gabriel Azevedo (MDB), presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH). A irregularidade foi reconhecida e foi solicitada a suspensão imediata do material que já vinha sendo veiculado na rádio e na televisão.
De acordo com Sadi, há perigo de dano ao pleito por ferir o princípio da paridade de armas – igualdade de condições entre os concorrentes – que deve permear o processo eleitoral.
Decisão sobre Tramonte
Na agenda desta quarta-feira, Duda também comentou sobre uma decisão da Justiça Eleitoral sobre o adversário Mauro Tramonte (Republicanos). A representação alegava que Tramonte está utilizando elementos do programa de TV “Balanço Geral”, da TV Record, na campanha eleitoral, o que, segundo a acusação, configura propaganda irregular.
Duda queria uma medida liminar para a retirada imediata de conteúdos que faziam referência ao programa de televisão apresentado por Tramonte até maio deste ano, mas o pedido foi recusado.
“Eu respeito o Judiciário, que alegou que a campanha do Tramonte não tinha nenhum problema. Respeitamos e entendemos”, disse ela.