O candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PRTB, Pablo Marçal, foi acusado pela jornalista Raquel Landim, durante uma sabatina da Folha nesta quarta-feira (4/9), de inflar os dados de desemprego da cidade em seu discurso eleitoral e plano de governo. Marçal afirma que gerará mais de 2 milhões de empregos, enquanto o número real de pessoas fora do emprego formal na cidade é significativamente menor.


 

Segundo dados do Centro Educacional Anísio Teixeira (CEAT), o número de pessoas em situação de desemprego na capital paulista é de 499 mil, o que é quatro vezes menor do que o número citado por Marçal. Questionado sobre a discrepância e a possível inflagem dos dados, o candidato afirmou que “a pessoa que está abaixo do assistencialismo e proibida de trabalhar é desempregada”. Ele ainda se referiu às pessoas que recebem esse tipo de ajuda governamental como “desempregados profissionais”.

 




 

Nesse contexto, o ex-coach inclui em seu mandato as 38 cidades que compõem a região metropolitana de São Paulo, planejando a construção de um “cinturão de empresas em torno da capital paulista”.

 

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“Essa criação de 2 milhões de empregos pode parecer assustadora, mas 50% das empresas do Brasil estão na cidade de São Paulo e 10% das companhias do país também estão na capital. O que eu quero é criar um amortecedor - já que você entrou no assunto - um amortecedor empresarial, um amortecedor de fluxo”, defendeu o candidato.


 

 

Ele ainda acusa a jornalista de errar nos cálculos: “Para você fechar sua conta, precisa usar um cálculo incorreto. Quando eu digo que algo está errado, não é a estatística; é porque o ‘desempregado profissional’ está pedindo emprego.”

 

Mesmo sendo candidato à prefeitura, Marçal usa o Brasil como base de dados. Segundo ele, o país é o segundo no mundo com o maior número de jovens que nem estudam nem trabalham, o que justifica seu interesse na criação de novas empresas e empregos. No entanto, o candidato não especificou qual será a fonte de verba para implementar o polo empresarial.

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