Candidato à prefeitura de Belo Horizonte pelo PT, o deputado federal Rogério Correia almoçou e fez corpo a corpo junto a eleitores no Edifício Arcângelo Maletta, na Região Central da capital. "O Maletta é um charme de Belo Horizonte, da mesma forma que o Mercado Central, que tem aquele cheiro de Minas Gerais. E o Maletta se equipara a isso. A gente vem aqui pra mostrar que queremos essa BH, que respeita a cultura e atraia turistas", disse o candidato.

 

Para Rogério Correia, um dos principais vetores de crescimento econômico de Belo Horizonte é justamente o turismo, junto com o comércio e os serviços. Outro ponto seria adotar uma política ambientalista ousada, como transformar a mineração na Serra do Curral em um parque nacional que seria um atrativo turístico.

 



 

De acordo com o candidato do PT, Belo Horizonte tem o potencial de crescer o dobro que o Brasil cresce: "se nós tivermos uma política ousada, vamos crescer 6% quando o Brasil crescer 3%".

 

Na estratégia de Rogério Correia para o crescimento econômico de Belo Horizonte, o apoio aos setores não será feito por meio de uma nova legislação tributária. "Nesse sentido, vamos estabelecer apenas o IPTU progressivo: quem tem muito, paga muito; quem tem pouco, paga pouco; quem tem nada, paga nada", explicou.

 

"Em geral, não pretendemos fazer nenhuma reforma tributaria em Belo Horizonte. Mesmo porque, nós já temos uma reforma nacional que o presidente Lula deu prioridade. Então, ao invés de uma reforma administrativa que ia cortar no  serviço público, o presidente fez uma reforma tributária que vai facilitar a arrecadação sem aumentar a carga tributaria, dando condições de arcar com aquilo que é obrigação nossa, que é o serviço público, principalmente a educação, a saúde e a segurança", resumiu o candidato.

 

Guarda municipal com câmera corporal

 

Rogério Correia também se manifestou quanto à segurança pública em Belo Horizonte. Além de criar um ambiente mais favorável - crescimento econômico, geração de empregos e renda - o candidato pretende melhorar a iluminação da cidade e ter guardas municipais que façam prevenção. "Não é armando milícias ou armando pessoas  que nós vamos garantir a segurança de ninguém. O Rio de Janeiro demonstra isso e não queremos isso pra BH. Falo isso porque vi uma pesquisa hoje em que o povo não quer armas. E meu adversário ontem veio falar de segurança pública no sentido de armar o povo. Nós somos contra essa política", se referindo ao candidato Bruno Engler.

 

O candidato defende o uso de câmeras corporais pela Guarda Municipal "para que eles possam ter segurança no seu trabalho, mas as pessoas também tenham certeza que é uma segurança humanitária e necessária".


 

Rogério Correia com Cláudia Soares, dona de um bazar no Maletta

Jair Amaral/EM/D.A Press

 

Rogério Correia critica candidatos que faltaram ao debate

 

Sobre o debate eleitoral promovido ontem pela Rede Minas com os candidatos à prefeitura de Belo Horizonte, Rogério Correia lamentou a ausência de três candidatos. Sobre o prefeito e candidato à reeleição Fuad Noman (PSD), o deputado federal disse que está difícil defender a situação em que a cidade está: "É difícil querer se apresentar agora, inclusive com um conjunto de obras com recursos que vêm do presidente Lula, que está me apoiando".

 

O candidato também criticou o deputado estadual Mauro Tramonte (Republicanos): "O outro está escondendo os padrinhos, escondendo o Zema. Depois que ele falou em privatizar as escolas e a saúde, o povo de BH já olhou com muita apreensão. Colocar sua  chapa a serviço do Zema pode ter sido um tiro no pé".

 

A respeito da ausência do candidato Carlos Viana (Podemos), Rogério Correia disparou: "Diz que tava rezando. Quem sou eu para falar contra a reza do Viana? Aliás, vai precisar muito disso".

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