Durante sua campanha eleitoral à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB) afirma que não é coach, mesmo tendo ficado famoso por conta de suas palestras motivacionais e cursos de como enriquecer. Ele já afirmou isso várias vezes desde que anunciou sua candidatura. A última vez foi nessa quarta-feira (4/9), durante sabatina Folha/UOL.




 

"Eu não sou um pedagogo, mas eu sou um professor. As pessoas insistem em me chamar de coach, eu não sou coach. Eu dou aula, sou mentor de muitos empresários, muitos alunos”, afirmou, em uma resposta sobre proposta para a educação. 


Coach ou treinador, em inglês, é uma profissão muito popular nas redes sociais, conhecida por orientar pessoas a atingirem objetivos profissionais ou pessoais. Autointitulado “mentor do Brasil”, Marçal disse que acredita que trabalha para “mudar a mentalidade das pessoas” e que tem mais de 1,5 milhão de alunos, não deixando claro se são pessoas a quem presta mentoria ou se são matriculados em seus cursos.


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Na segunda-feira, em participação no programa “Roda Viva”, ao responder uma pergunta da jornalista Malu Gaspar, Marçal negou mais uma vez ser coach e rechaçou de criar um partido para os profissionais. “Não sou coach, e você [Malu Gaspar] falou que eu queria criar isso [partido]. Eu nunca quis criar isso. É uma invenção da sua cabeça (...) O que você fez, quero deixar registrado, foi algo que eu nunca imaginei, nunca te falei e ninguém nunca falou isso por mim. Tá desautorizado. Nunca pensei em fazer isso, nem sou coach, nem criar partido de coach, muito menos com Jair Bolsonaro”, declarou.




 

Em junho, em entrevista à Folha de São Paulo, o empresário afirmou que não exerce mais a profissão de coach. “(Fui coach) Assim como já fui atendente. Ninguém chama o Lula de metalúrgico. Eu não respondo mais por isso, não faço essa função. Hoje sou CVO (Chief Visionary Officer) do nosso grupo “, declarou na ocasião.

 


Até mesmo a International Coaching Federation no Brasil (ICF Brasil), organização que representa os coaches, negou que Marçal seja um profissional da área, afirmando que  "o uso inapropriado do termo prejudica fortemente toda a categoria e os profissionais sérios que atuam na área".

 


"Os riscos de qualquer pessoa se intitular ‘coach’ sem condições técnicas para tanto é o mesmo de alguém se intitular, por exemplo, jornalista, psicanalista ou outra profissão que não possua uma estrutura verdadeiramente representativa, que cuida e garanta a boa prática profissional norteada por altos parâmetros de qualidade e ética aceitos mundialmente", disse, em nota, na época. 

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