O presidente Lula (PT) usou o pronunciamento em rádio e TV do 7 de Setembro para criticar o bilionário Elon Musk, dono da rede social X (ex-Twitter) e protagonista de uma disputa com o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

 

 

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Sem citar o empresário nominalmente, Lula afirmou que o Brasil será sempre intolerante com qualquer pessoa, que tenha a fortuna que tiver, que desafie a legislação.

 

 



 

 

"Nenhum país é de fato independente quando tolerar ameaças à sua soberania. Seremos sempre intolerantes com qualquer pessoa, tenha a fortuna que tiver, que desafie a legislação brasileira. Nossa soberania não está à venda", disse Lula.

 

 

O X foi suspenso do Brasil por ordem de Moraes na última sexta (30) depois de a plataforma descumprir determinações judiciais para indicar representante legal no Brasil. A Primeira Turma da corte confirmou a decisão de forma unânime na segunda (2).

 

 

Lula fez um pronunciamento em cadeia de rádio e televisão, por ocasião do Dia da Independência. O chefe do Executivo vai acompanhar o desfile militar de 7 de Setembro na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, acompanhado de ministros e outros chefes de Poderes.

 

 

O Dia da Independência deste ano ocorrerá em um ambiente e clima bem diferentes do ano passado. O pronunciamento foi gravado na manhã de quinta-feira (5), antes do surgimento das denúncias de assedio sexual contra Silvio Almeida, demitido nesta noite pelo presidente da chefia da pasta dos Direitos Humanos e Cidadania.

 

 

A cerimônia de 2023 foi marcada por uma tentativa do governo federal de voltar a associar as Forças Armadas com o conceito de democracia, após o 8 de janeiro e o avanço das investigações sobre oficiais por envolvimento em tratativas golpistas.

 

 

Lula disse durante o seu pronunciamento do ano passado que a data seria celebrada "sem ódio".

 

 

"Amanhã não será um dia nem de ódio, nem de medo, e sim de união. O dia de lembrarmos que o Brasil é um só. Que sonhamos os mesmos sonhos", afirmou o presidente.

 

 

"Que podemos ter sotaques diferentes, torcer para times diferentes, seguir religiões diferentes, ter preferência por este ou por aquele candidato, mas que somos uma mesma grande nação, um único e extraordinário povo", completou.

 

 

Acrescentou que em oito meses sua equipe recolocou o "Brasil no rumo da democracia, da soberania e da união", citando os três eixos presentes no slogan para a data história elaborada pela sua equipe de comunicação.

 

 

Os desfiles na Esplanada dos Ministérios ainda foram marcados por um clima de tensão entre integrantes do governo, considerando que Lula havia concretizado no dia anterior uma minirreforma ministerial, com ministros remanejados e demitidos, para abrir espaço para o Centrão.

 

 

Em seus primeiros mandatos, os pronunciamentos de Lula refletiram uma fotografia de momentos específicos, em que usou da oportunidade para rebater denúncias de corrupção, celebrar avanços econômicos, alertar contra o risco da inflação e exaltar o "Brasil do futuro" com a descoberta do pré-sal.

 

 

Para este ano, o governo definiu que o lema dos desfiles vai novamente focar em democracia e independência, acrescentando a expressão "é o Brasil no rumo certo".

 

 

O desfile na Esplanada dos Ministérios em Brasília também vai exaltar a presidência brasileira do G20 e os eventos realizados no Brasil, como a cúpula de chefes de Estado em novembro; a vacinação e a união e reconstrução do Rio Grande do Sul -estado que enfrentou no primeiro semestre uma catástrofe climática.

 

 

O governo também informou que vão participar dos desfiles 30 atletas que disputaram as Olimpíadas de Paris deste ano. Eles integram o programa de incorporação de atletas de alto rendimento e recebem o Bolsa Atleta.

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