O presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) e candidato à Prefeitura de Belo Horizonte, vereador Gabriel Azevedo (MDB), criticou o prefeito Fuad Noman pela falta de atenção à mobilidade das pessoas com deficiência na capital.

 

Na manhã desta terça-feira (10/9), acompanhado de dois eleitores cadeirantes, Gabriel destacou os desafios enfrentados diariamente por esses cidadãos no transporte público da cidade. Segundo Gabriel, apesar das promessas da prefeitura de "tolerância zero" com irregularidades, a realidade é bem diferente.

 



 

Gabriel fez um percurso junto aos irmãos Tatiane Gomes de Carvalho, servidora pública, e Alexandre Gomes de Carvalho, aposentado, que saíram do Bairro Tupi, na Região Norte de Belo Horizonte, em direção ao centro da capital.

 

"Os ônibus de Belo Horizonte já são um desafio para muitos. Para quem depende de acessibilidade, é ainda pior. (...) Enquanto o prefeito fala em tolerância zero, isso não reflete a realidade. Temos aqui duas pessoas que enfrentam dificuldades diárias", criticou Gabriel.

 

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O candidato propõe um novo contrato de ônibus que, segundo ele, vai valorizar as pessoas com deficiência “que precisam de mais atenção no transporte público”. Para Gabriel é preciso “particionar” o serviço de transporte público da cidade.

 

“O cartel se dá justamente porque todos os serviços são feitos pela mesma empresa: garagem, ônibus, motorista, cobrança. Você precisa particionar o serviço para evitar que fique tudo na mão de uma pessoa só. A fiscalização fica melhor e a concorrência acontece de verdade”, disse.

 

 

Além do transporte público, Gabriel também disse que as calçadas da cidade são outro exemplo de descaso da administração municipal. Caso eleito, ele pretende assumir a responsabilidade das calçadas e dar maior atenção à manutenção e adequação dos espaços, tornando-as mais seguras e acessíveis para pedestres, especialmente para pessoas com deficiência.

 

“A Prefeitura está muito preocupada, claro, em manter a quem utiliza o carro, automóvel, através de um piso muito confortável, mas mais importante que os carros são as pessoas, que precisam ir pela rua, pelo asfalto, se arriscando, porque as calçadas da cidade não têm o devido tratamento”, criticou.

 

 

Gabriel também disparou críticas a proposta do senador licenciado Carlos Viana (Podemos), que  sugere a volta dos cobradores de ônibus. “O que a gente precisa é de ônibus que funcione. (...) Quem quer a volta do cobrador, quem deseja o uso do dinheiro, da pecúnia está estimulando a corrupção, porque se você tem dinheiro vivo nas operações, para o empresário de ônibus que controla também o pagamento, você está tendo o que ele precisa para fazer maracutaia”, disse.

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