Os candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) avaliaram o debate da TV Alterosa, realizado em parceria com o Estado de Minas e o Portal UAI, nesta quarta-feira (11/9), como amplamente positivo, destacando a oportunidade para apresentar suas propostas e discutir questões cruciais para a cidade. Dos sete convidados para o debate, compareceram Bruno Engler (PL), Duda Salabert (PDT), Gabriel Azevedo (MDB), Mauro Tramonte (Republicanos) e Rogério Correia (PT). Fuad Noman (PSD), candidato à reeleição, e Carlos Viana (Podemos) não compareceram, o que gerou críticas entre os concorrentes.

 


Bruno Engler destacou que os debates proporcionam aos cidadãos a oportunidade de conhecer as propostas dos concorrentes e permitem aos eleitores avaliar os candidatos ao pleito municipal. Para Engler, a ausência de Fuad Noman reflete uma "falta de coragem". “A gente teve um prefeito ausente, que não teve coragem de comparecer e defender o seu legado, até porque é indefensável."

 

O candidato também aproveitou para alfinetar os demais concorrentes na campanha eleitoral. "A gente teve vários candidatos que são caras novas, repaginadas, dos mesmos grupos políticos que sempre comandaram a Prefeitura de Belo Horizonte e nunca resolveram o problema", afirmou. 

 


Duda Salabert também teceu críticas à ausência do prefeito Fuad Noman no debate e disse que tal postura vai em direção contrária à democracia. "Se tem medo de debate, como é que vai conseguir administrar a cidade dessa forma?", questionou. "Não ter vindo aqui é um desrespeito com a política, um desrespeito com o Belo Horizonte, com o jornal e com os outros candidatos”, completou.


A candidata do PDT também considerou que sua candidatura é a única, dentre os progressistas, com chances de ir para o segundo turno. “Apresentamos temas importantes para a cidade e mostramos que somos a única candidatura que debate sobre temas ambientais de forma profunda e tem compromisso sério em defesa da Serra do Curral”, destaca.


 

Gabriel Azevedo, por sua vez, criticou os adversários e ressaltou seu compromisso com a população. “Gosto do debate assim porque a gente precisa apontar o que de fato é a verdade. A gente tem que apontar e falar: 'Não venha aqui enganar a população'", comentou o emedebista. 


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"Estava cercado de gente que abandona o que começa. Tinha dois deputados estaduais e dois federais abandonando os votos que os eleitores deram para eles, tentando ser prefeito sem concluir (o mandato). A gente quer alguém que comece e termine", afirmou.

 



Mauro Tramonte afirmou que, embora não tenha se incomodado com os ataques dos adversários, ficou frustrado com a falta de propostas apresentadas durante o debate. Apesar disso, avaliou como um bom debate. “O que me incomoda é a falta de proposta para o povo. É isso que me incomoda muito. Enquanto eu poderia estar aqui respondendo coisas boas pro cidadão, a gente tem que responder algumas ofensas. Isso não posso deixar de responder, não é? Mas acredito que o debate foi muito bom”, declarou.


 

Para Tramonte, a necessidade de responder ataques dos adversários minou o tempo que teria na apresentação das suas propostas. “Alguns candidatos aqui foram para outros caminhos, para agressão. Eu não sou disso, não gosto de agredir. O que eu gosto é de demonstrar o que posso fazer para Belo Horizonte, para melhorar a nossa cidade, melhorar o sofrimento desse povo, trazer segurança, saúde, ônibus bom, um trânsito coerente”, afirmou.


Rogério Correia também avaliou o debate como “produtivo”. “Tivemos condições de apresentar propostas, não todas que queríamos, mas, com certeza, deixamos uma marca. Combate à fome, obras que faremos com apoio do governo federal, como Minha Casa Minha Vida, obras de moradia, contenção de encostas, de infraestrutura, Anel Rodoviário... Também, é claro, trazer nossas propostas para a área da educação, crianças de 0 a 3 anos em creche e pré-escola, ampliar o salário dos professores, pagar o piso salarial”, pontuou.


 

Avaliação de vice-candidatos


Os candidatos a vice-prefeito de Belo Horizonte avaliaram positivamente o desempenho de seus respectivos candidatos a prefeito durante o debate. De forma unânime, destacaram a importância do espaço proporcionado para a apresentação de propostas e a discussão de temas relevantes para a cidade.


Para a Coronel Cláudia (PL), vice de Bruno Engler, o candidato demonstrou um profundo conhecimento de Belo Horizonte. "Bruno mostrou serenidade e conhecimento sobre a cidade e seus problemas. Ficou claro para o eleitor que, entre todas as candidaturas, ele é a melhor e mais corajosa opção para Belo Horizonte", avaliou.


Francisco Foureaux (PDT) considerou o debate "excelente" e destacou as principais propostas de Duda Salabert. “A primeira é que a gente é a única candidatura que fala da questão climática, esse ar seco, essa falta de água, o aquecimento da cidade. A segunda coisa é que nós somos uma chapa da educação. A gente vai, de fato, transformar a educação de Belo Horizonte na melhor educação do Brasil”, disse.

 


Paulo Brant (PSB) comentou que, embora os tempos nos debates sejam "curtos", eles são bons para conhecer um pouco da personalidade de cada candidato. O vice também avaliou o desempenho de Gabriel como "bom", destacando que ele conseguiu apresentar um pouco de sua trajetória.


"Acho que ele (Gabriel) foi bem. Ele tentou mostrar um pouco da trajetória dele como presidente da Câmara (de Belo Horizonte), o papel que ele teve na aprovação de uma série de projetos de lei, e no final, nas considerações, tentou mostrar um pouco do nosso programa, que é um programa que você tem que ler para entender, que tem uma lógica, tem uma estrutura de projeto de cidade para o futuro", afirmou.


Luísa Barreto (Novo), assim como Tramonte, lamentou a falta de debate de propostas, que foi ofuscada pelos ataques entre os adversários. “Acredito que a gente teve um bom debate. Infelizmente alguns candidatos estão muito mais preocupados em atacar do que de fato em debater a cidade. Eu vi o Mauro Tramonte claramente como o candidato mais preparado, aquele que mais quer efetivamente trazer melhorias para Belo Horizonte, que fala de propostas, que fala da cidade, que fala dos problemas da nossa cidade”, avaliou.


Bella Gonçalves (Psol) considerou os ataques ao prefeito Fuad Noman (PSD) durante o debate como "deselegantes". “Eu acho que as críticas da gestão precisam ser feitas, mas algumas palavras vazias foram utilizadas. Achei estranho o bate-bola da Duda com o Bruno Engler. Achei um bate-bola muito amigável para desgastar o candidato Fuad”, disse.

 


Quanto à atuação de Rogério Correia, Bella acredita que ele conseguiu apresentar de forma clara as propostas do plano de governo. “Mostrou trajetória e consistência na parte da educação, e esse é um grande diferencial em relação aos outros candidatos”, avaliou.

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