José Luiz Datena, apresentador de TV e candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PSDB, teve uma participação tensa na sabatina do UOL/Folha na manhã desta sexta-feira (13/9). Com 44 interrupções dos jornalistas, realizadas quando o candidato saía do tema, ele se aproveitou da dinâmica de chamada de vídeo para seguir monólogos, impedir interferências nas respostas e considerar perguntas dos jornalistas “erradas”.




 

Durante a entrevista, quando questionado sobre um ponto de seu plano de governo, o candidato interrompeu seguidamente a jornalista Raquel Landim, que estava baseando a pergunta no documento divulgado pela campanha do político. “Você está fazendo a pergunta errada!”, retrucou o candidato repetidas vezes, que impediu que ela completasse a questão e tivesse que retomar.



Na sequência, Datena continuou se irritando com as perguntas, afirmando à Landim: “Pergunta errada, minha filha!”. No entanto, em outros momentos da sabatina, o candidato afirmou que não desrespeita ninguém, “principalmente colegas de profissão”. 



Em certo momento, após uma tosse da colunista do UOL, o candidato ironizou, fazendo uma imitação de Jair Bolsonaro (PL), e falou que ela deveria realizar um teste para gripe e tomar vacina. Em 2022, Datena teve vários encontros com o ex-presidente, mas não realizou apoio público ao então candidato à reeleição.



Depois, o candidato justificou que pode falar sobre segurança pública com ironia, dizendo que é autoridade no assunto por ter apresentado por 26 anos “um programa de culinária”. Datena é apresentador do Brasil Urgente, programa de televisão da Band, conhecido por noticiar pautas policiais.


“Apresento um programa de culinária há 26 anos, então apresentar um programa de culinária dá experiência para falar sobre segurança. Minha filha, se você fala sobre alguma coisa há 26 anos, você tem que aprender alguma coisa”, ironizou. 

 


 

“Quando eu digo autoridade, é que eu tenho conhecimento de tanto tratar de crime organizado, que quando eu falei lá atrás, iria existir organizações criminosas como PCC, milícias, comando vermelho, as pessoas me chamavam de sensacionalistas”, contou.



“Mesmo que eu fosse o cara mais burro do mundo, falando 26 anos sobre segurança, eu tive que aprender alguma coisa de segurança. E tive vários contatos com várias pessoas que são super hiper especialistas da área. E isso me facilita ter essa autoridade”, justificou.

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