A três semanas do primeiro turno, as campanhas municipais estão a todo vapor e se fazem perceptíveis nas cidades. Basta percorrer alguns quarteirões para se deparar com cartazes às dezenas, pessoas panfletando e até mesmo esbarrar em algum candidato no corpo a corpo com os eleitores.

 

Para girar toda essa máquina é preciso muito dinheiro, com cifras contadas em oito dígitos. Em consulta aos dados abertos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Estado de Minas constatou que, até ontem, já foram gastos quase R$ 26 milhões apenas pelos nomes que disputam a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH).



Somadas, as campanhas pelo Executivo da capital mineira já movimentaram R$ 25.773.020,35 de acordo com dados disponibilizados pelas candidaturas até 13 de setembro. O valor é quase metade do dinheiro arrecadado, que gira na casa dos R$ 56,4 milhões, conforme publicado pelo EM nesta semana.

 





Mais da metade do dinheiro gasto até aqui (50,64%) é descrita como “serviços prestados por terceiros”. Os mais de R$ 13 milhões assim designados são, em grande maioria, destinados a gráficas, empresas de comunicação e promotoras de eventos. Ainda assim, há descrição de verbas destinadas especificamente para este tipo de atividade.

 



É o caso do segundo maior gasto das candidaturas belo-horizontinas, definido como “Produção de programas de rádio, televisão ou vídeo”. Mais de R$ 2,1 milhões foram destinados às peças veiculadas no horário eleitoral gratuito e nas redes sociais dos candidatos, 8,23% do montante total. Mais de três quartos do valor saíram do caixa da campanha do presidente da Câmara Municipal, Gabriel Azevedo (MDB).



Com o maior tempo de TV e rádio na corrida pela PBH, o deputado estadual Bruno Engler (PL) já gastou R$ 339 mil com a produção de seus programas. A deputada federal Duda Salabert (PDT), que tem o menor tempo entre os candidatos com direito a um espaço no horário eleitoral gratuito, gastou R$ 145 mil, e o atual prefeito Fuad Noman (PSD), desembolsou R$ 12,25 mil.



O deputado federal Rogério Correia (PT), o deputado estadual Mauro Tramonte (Republicanos) e o senador Carlos Viana (Podemos) não declararam nenhum gasto com a produção de programas para rádio e televisão.



A lista dos gastos de campanha segue com R$ 2 milhões destinados a serviços advocatícios; R$ 1,8 milhão com publicidade em materiais impressos; R$ 1,6 milhão em adesivos; R$ 1,5 milhão com criação e inclusão de páginas na internet; R$ 700 mil em despesas com pessoal; R$ 636 mil com impulsionamento de conteúdo nas redes sociais; e R$ 533 mil com atividades de militância e mobilização de rua.



Quem gasta mais



Na lista de quem mais gastou para colocar seu bloco na rua, Fuad Noman lidera com folga. Com o objetivo de se tornar um nome mais conhecido pelos eleitores que governa desde 2022, o atual prefeito já gastou R$ 10,8 milhões em sua campanha, mais de 40% do gasto somado de todos os candidatos.



Três quartos do valor desembolsado na campanha do PSD está descrito como “serviços prestados por terceiros”, quase todo o dinheiro foi destinado à produção de material e atividades de publicidade. Além disso, o prefeito gastou mais de R$ 1 milhão em adesivos e materiais impressos e mais de R$ 530 mil em atividades de militância e mobilização de rua.



Bruno Engler vem na sequência no ranking das campanhas que mais gastaram, com R$ 6,6 milhões, cerca de um quarto do valor total gasto em BH. Serviços prestados por terceiros custaram R$ 2,5 milhões ao time do deputado. O parlamentar ainda gastou R$ 1,5 milhão com a criação e inclusão de páginas na internet; R$ 837 mil com adesivos; e R$ 800 mil com serviços advocatícios.

 

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A lista segue com a campanha de Duda Salabert, que gastou cerca de R$ 3,6 milhões; Gabriel Azevedo, com R$ 2,1 milhões; Mauro Tramonte, com R$ 1,5 milhão; Rogério Correia, com R$ 671 mil; e Carlos Viana, com R$ 381 mil. Representantes de partidos nanicos, Wanderson Rocha (PSTU) e Indira Xavier (UP) gastaram R$ 32,5 mil e R$ 27 mil, respectivamente. Lourdes Francisco (PCO) não declarou custos eleitorais.




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